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terça-feira, 12 de março de 2013

Teoria da oficina



OFICINA ENCANTAR CONTANDO HISTORIAS



A capacidade de emocionar, de produzir prazer, de ampliar os horizontes deve ser a nossa meta. Para isso devemos enfrentar os velhos hábitos com ideias novas e ousadas, sem temer que elas tragam mudanças.



Dicas para o dia de contação de história.


  • Evite tomar gelado um dia antes e no dia da contação de história, nem coma chocolate ou tome suco de laranja no dia, pois provoca muco;
  • Faça exercícios para soltar o pescoço e os ombros;
  • Aqueça sua voz fazendo a,e,i,o,u e u,o,i,e,a;
  • Verifique se atrás de você existem painéis muito coloridos que possam dispersar ou “roubar” a atenção;
  • Mantenha um copo de água na temperatura ambiente sempre perto de você: um dos pré-requisitos para uma boa voz é mantê-la úmida;
  • Use roupas com cores discretas: quem tem que marcar presença é a história;
  • Não conte histórias muito longas;
  • Lembre-se sempre que uma contação de história deve envolver contos com características bem diferentes um do outro;
  • Olhe para as crianças. Se identificar aqui e ali um ouvinte mais desatento, conte um tempo para ele, mas com o cuidado de não tornar somente ele o alvo das atenções;
  • Perguntas devem ser respondidas no limite exato. Não deixe que as intervenções comprometam sua história;
  • Não infantilize seus ouvintes impregnando a contação de diminutivos.


Dúvidas frequentes

  • Devemos repetir a mesma história?
    As crianças pequenas, até os seis anos, precisam e solicitam que recontemos as mesmas histórias algumas vezes. Se assim fazemos, fortalecemos as imagens e mensagens das histórias. Além disso, o vocabulário infantil está sempre aumentando. Cada vez que contamos a mesma história, ela será ouvida, compreendida e vivenciada de forma diferente a cada nova repetição
  • Qual a duração ideal de uma história?
    Geralmente, as crianças mantêm o mesmo tempo de concentração que possuem para outras atividades similares. Observe quanto tempo, em média, elas ficam numa mesma atividade sem desviar a atenção e programe sua contação com a mesma duração.
  • Trocar, ou adaptar cenas/acontecimentos de histórias conhecidas é aconselhável?
    As crianças muito pequenas podem se traumatizar ao descobrir que coisas terríveis podem acontecer com os personagens e fazem, muitas vezes, silogismo com a vida real, ou seja, se a mãe da menina da história morreu, ela fica com medo de sua mãe também morrer.
  • Fantasia e maquiagem ajudam a contar histórias?
    Podemos contar brilhantemente histórias sem maquiagem, figurino, ou outro apoio. Mas, dependendo da idade das crianças, tais recursos criam uma magia, ou realismo que dotam o contador com a qualidade visual que o personagem da história necessita. As crianças muito pequenas podem se assustar. Então, o bom senso será a melhor conselheira neste momento.
  • Mostrar, ou não mostrar as ilustrações nos livros?
    Dependerá da sua proposta pedagógica.
  • Como contar história para crianças hiperativas?
    Podemos lançar mão de dinâmicas, brincadeiras e músicas cumulativas para introduzir a história e colocar elementos que elas tenham interesse. Uma boa maneira é deixar a história cheia de altos e baixos e solicitar, ora, ou outra, a ajuda e participação das crianças.
  • As histórias ajudam no comportamento das crianças?
    A história ajuda na descoberta de atitudes e ações, dando exemplos de possíveis consequências de cada ato que os personagens fazem.

Os segredos de um bom contador de histórias


a)Aprendendo a contar histórias

Tome contato com a história antes de apresentá-la às crianças. Imagine o cenário, personagens e o tempo que a história tem. Você deve averiguar se é engraçada ou séria. Se a história é pouco conhecida, leia-a várias vezes e então pratique narrando-a em voz alta. Faça caretas diante do espelho, invente novas entonações de voz, sussurre quando a personagem falar baixinho ou estiver pensando em algo importante e use humoradamente os ruídos e os espantos. Se for uma história de suspense, use sua voz mais misteriosa. Se for engraçada use um tom mais leve. Interprete!
Ë fundamental dar pausa quando se introduz o “Então...”, para que haja tempo de cada um imaginar as muitas coisas que estão para acontecer em seguida. Não perca a chance de recriar com todas as suas possibilidades expressivas.
Compartilhe a sua história com alguém ou conte para si mesmo, antes de contar para as crianças. Cuidado com a sua postura e com os vícios de linguagem (né, aí, então). Não se esqueça de olhar para todos, fale com o coração, para que seu ouvinte deseje ouvi-lo. Se der branco continue. Improvise!
Para a leitura de livros é aconselhável criar um ambiente harmonioso. Se existem distrações lá fora, procure minimizá-las. Dentro da sala de aula, permita que as crianças se sintam aconchegadas, agrupando-as. Escolha um horário propício para estas atividades.
Um bom momento é aquele em que as crianças estão em paz para pensar sobre a história que viram ou escutaram. Antes do recreio, ou no fim do dia são os melhores momentos.
Não relute em repetir uma história. Quanto mais é transmitida, mais nuances surgirão entre suas palavras e imagens.
Quando você estiver confiante, vai sentir-se ávido por contá-la as suas crianças.

b)Curta a história
O bom contador acredita na sua história, se envolve e vibra com ela. Se o professor não estiver interessado, dificilmente conseguirá interessar as crianças. Procure utilizar sempre livros criativos e interessantes e aproveite objetos inusitados e divertidos, como panos e lenços, para dar mais possibilidades à história. Apague as luzes ou use uma lanterna coberta por um pedaço de pano para criar à impressão do calor de uma fogueira ou da luz de um forno a lenha num casebre na floresta. Crie o clima para a história.


c)Não fuja dos velhos contos de fadas

Os velhos contos de fadas são histórias cheias de fantasias e de poesia. Lidam com sentimentos fundamentais do ser humano: o medo, a angústia, o ódio, o amor. Permitem à criança exercitar através da imaginação, soluções para problemas concretos da vida. Se a história for longa, você pode divida-la em partes, crie um clima de "no próximo capítulo".

d)Antes da história
Dê a suas crianças uma indicação do que devem esperar da história.
Sugira que prestem atenção para um incidente em particular, ou que se preparem para falar sobre as pessoas, lugares e sentimentos que irão aparecer na história. Ajude-as a viajar na imaginação para lugares distantes.

e)Comentar a história
Pergunte ao grupo o que acharam dos personagens. Peça que façam uma descrição dos personagens e do lugar onde a historia aconteceu. O que acharam do final da história? Perguntas com respostas específicas podem ajudar às crianças a desenvolver sua atenção ao detalhe e sua capacidade de relembrar. Questões abertas sobre a história são bons estímulos a discussão e ajudarão as crianças a aprender a relacionar suas próprias experiências às de outras pessoas.
Por exemplo: em Feliz Aniversário Lua, o ursinho Bino quer dar um presente pra lua. Pergunte às crianças como elas fazem quando aniversariam seu irmão, irmã ou amigo ou se lembram de alguma situação parecida.
Você vai ajudá-las a pensar e a recuperar ideias, procurando valorizar as mais interessantes, criativas e engraçadas.

f)Criando histórias
Muitas crianças sentem-se intimidadas pela ideia de produzir uma história como a que acabaram de ouvir. Comece com fragmentos de histórias. Sugira um começo ou um fim para uma história e deixe que as crianças preencham as lacunas. Incentive a criança a desenhar e fazer de conta que escreve a história que ouviu. Depois, peça que "leia" sua história. As crianças gostam de brincar com a imaginação, brincando de faz de conta... A ideia é brincar de ler.
Grave as histórias criadas pelas crianças. Procure sempre estimular em cada criança a sua forma de expressão mais espontânea e prazerosa.
Por que não montar uma história? Peça que comecem criando um personagem com máscaras, roupas e pinturas criando depois uma história a seu redor. As crianças podem escolher seus papéis preferidos (não se esqueça dos objetos inanimados!) Faça com que as crianças cantem e se expressem livremente.
Permita que cada uma interprete de modo pessoal seu papel na peça. Permita que invente novas maneiras de se comunicar com o corpo.

g)Uma história também é um ponto de partida
As histórias têm finalidade em si. Por isso as atividades de enriquecimento devem ser leves e espontâneas. Como a pintura, massinha de modelar, criação de sucatas ou o que a imaginação sugerir.
Estimule diferentes técnicas e formas de expressão. No caso das montagens, que utilizem qualquer material que estiver à mão. Folhas do jardim, restos de papel colorido ou tecido servirão para criar imagens eloquentes.
Lembre-se que para criar imagens e ilustrações criativas não é preciso ter jeito para o desenho, apenas vontade de se expressar. Coloque os trabalhos em um mural.

h)Se for DVD
Mantenha os DVDs longe do calor, acondicionados em capinhas para não arranhar. No momento da exibição, é aconselhável dispor o aparelho transmissor em local com fundo neutro, como uma parede branca ou escura, para melhor visão da imagem. Elimine sons que interfiram com a exibição, ou qualquer reflexo ou luz forte que incida sobre a tela da TV ou aparelho.
Limpe periodicamente o aparelho de DVD. Elimine qualquer elemento visual que possa distrair a atenção das crianças. Procure utilizar DVDs criativos e interessantes.


Contar histórias é uma arte. Deve dar prazer a quem conta e a quem ouve.




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