Esses livros fazem parte da coleção crianças criativas da editora global
Constituída por livros premiados e reconhecidos internacionalmente, a Coleção Crianças Criativas têm como principal objetivo desenvolver nas crianças a curiosidade, a imaginação e a inteligência.
Feliz
Aniversário, Lua
Texto:
Frank
Asch
Apresentação:
O
livro nos mostra de uma forma poética como a mais absoluta fantasia
pode parecer real.
Poeticamente
o autor nos conta a paixão de um urso pela lua e leva-nos a conhecer
todos os esforços que ele faz para presentear e desejar-lhe um feliz
aniversário. Nele podemos trabalhar diversas questões, como a
fantasia, o afeto, a economia, o oferecer-se, o imaginar, o eco, o
presente e o aniversário.
Altamente
recomendado para:
Promover
à fantasia, o afeto, a amizade. Ao longo da história vemos diversos
personagens e situações, que permitem promover reflexões e
pesquisas:
–
urso: que animal é?
Quantas espécies? Aonde vivem, como se alimentam, quais são as
espécies próximas?
É
perigoso? Pode ser domesticado?
–
a lua, nosso
satélite, como é? O que é um satélite e o sistema solar? Quando o
homem foi à lua?
Conhecemos
uma foto da lua? Onde existem pedaços de minerais lunares? Etc.
–
Eco. Que tipo de
fenômeno, onde ocorre, pode recriar o eco existe aparelhos que o
simulam?
–Cofrinho,
a poupança, a economia, as moedas, o dinheiro, o poder de comprar…
–
Outros temas: o
vento, a canoa, o chapéu; “podemos organizar uma exposição de
chapéus e pedir às crianças que levem para a escola os chapéus da
família.
E
promover um conto ou redação sobre chapéus?
–
Dar um presente,
como símbolo de querer bem a outra pessoa (ou um amigo X).
–
Discutir sobre
aniversário: o que as crianças entendem por aniversário, por que é
uma data especial, o que gostam de fazer neste dia, o que gostam de
ganhar e de dar de presente aos seus amigos.
–
Vamos planejar uma
festa de aniversário para a Lua?
–
Estimular o
pensamento crítico provocando questões como: ser possível ou não
dar um presente à Lua, se alguém já foi à Lua, como foi como a
criança sabe deste fato, se gostaria de morar na Lua ou não; o
afeto diferente do consumismo.
Guia
de Atividades
Trocando
ideias:
1)
Antes de ler o livro:
–
Explique o tema da
história: um ursinho quer dar um presente de aniversário para a
Lua. É possível?
–
Converse com as
crianças sobre presentes. Qual foi o melhor presente que cada uma já
recebeu?
–
É melhor dar ou
receber presentes? Que presentes gostariam de receber, ou de dar, e
para quem?
–
Pergunte se elas
sabem o que é o eco. Jó ouviram o eco alguma vez? Onde? Como ele é
produzido?
Podemos
simular o eco na sala de aula?
2)
Depois de ler o livro:
–
Recorde a história
junto com as crianças e peça para cada uma dizer de que parte mais
gostou.
–
Discuta com as
crianças sobre o que realmente aconteceu. A Lua falou ou foi apenas
o eco?
Ela
colocou o chapéu ou foi apenas uma ilusão do ursinho causada pela
trajetória da Lua?
–
Se a Lua pudesse
falar o que diria ao ursinho?
–
Explique, de forma
simples, o que é a trajetória da Lua, suas fases e seus movimentos
em torno
da
Terra e da Terra em torno do Sol.
–
Procure recortes de
revistas que falam e mostram fotos da 1ª viajem do homem à lua.
Quem foi? Quando? Como?
–
Por que Bino quer
dar um presente? O que ele comprou foi legal? Para onde foi o chapéu?
(O vento carregou). Perguntas que pedem uma opinião ou abrem uma
discussão.
Para
quem, além de seus parentes e amigos, você daria um presente de
aniversário? O que você daria?
Como
você conseguiria este presente? Você também daria um chapéu pra
lua?
Usando
a criatividade:
–
Confeccione
fantasias usando papel (jornais, papelão, embalagens, celofane,
etc.) do Sol (amarelo), da Lua (branco), da Terra (azul e marrom) e
do ursinho (marrom). Ensine as crianças a se movimentarem como o
Sol, a Lua e a Terra.
–
Peça à criança
que estiver fantasiada de ursinho para conversar com o Sol, com a Lua
e com a Terra, como se ela fosse o Bino. O que ela perguntaria?
–
Com as fantasias,
monte uma peça baseada no livro.
–
Brinque com o eco.
Peça a uma criança que “cante” uma palavra e às outras para
repetirem o final da palavra como se elas fossem o eco. Aproveite
esta brincadeira para determinar as sílabas tônicas e peça para as
crianças repetirem e dizerem qual “o pedacinho mais forte”.
–
Confeccione um mural
com os principais personagens e complementos da história.
Use
materiais variados, como desenhos, textos, fotos, e… sucata.
–
Peça às crianças
para desenharem o ursinho Bino.
–
Vamos fazer uma
exposição de ursinhos? Vamos criar nomes para cada um?
Se
expressando com o corpo:
–
Brinque de atirar o
chapéu para a árvore. Uma criança é escolhida para ser a árvore
e não pode se mover.
Outras
crianças jogam o chapéu, tentando encaixá-lo na cabeça ou nos
braços da criança-árvore.
–
Faça um caminho
longo para os “ursinhos” seguirem até a Lua. Use objetos do
cotidiano como obstáculos que as crianças não poderão esbarrar.
Elas podem passar por entre duas cadeiras próximas, encolhendo a
barriga; depois por baixo de uma corda estendida e por cima de outra;
podem passar por baixo de uma mesa e pular sobre duas linhas
espaçadas; seguir um trecho dando cambalhotas, imitar os movimentos
do remador, etc.
Reconhecendo
pela observação:
–
Leve as crianças
para um lugar onde elas possam conhecer o eco (cavernas, montanhas,
etc.).
–
Peça para as
crianças observarem as fases da Lua e as trajetórias da Lua e do
Sol.
–
Leve um vídeo sobre
a vida dos ursos, para as crianças conhecerem um pouco melhor sobre
esse animal.
Dr.
De Soto, o Rato Dentista
Texto:
Willian
Steig.
Apresentação:
O
livro trabalha as questões éticas de um casal de dentistas que
repentinamente recebe um paciente que, apesar de ser atendido para
cuidar da sua dor de dente, tem a segunda intenção de comer os
ratinhos.
Aqui
se colocam as questões de manter a postura ética de um
profissional, mesmo quando existam riscos.
A
questão é: podemos trabalhar bem quando somamos integridade,
idealismo e força de vontade, apesar das condições adversas.
Altamente
recomendado para:
–
Conversar sobre
nossas experiências com idas ao dentista e sobre a importância da
saúde bucal.
–
Discutir os temas
que surgem com a história: a dor, o medo, a solidariedade, a
desonestidade, a ética profissional.
–
Estimular o uso da
criatividade para vencer obstáculos e achar soluções para os
problemas do nosso dia-a-dia.
–
Motivar a recriação
da história, fazendo com que as crianças a contem, por exemplo, sob
o ponto de vista do Sr. Raposo, ou criando um outro final.
–
Incentivar a
utilização de outros meios para se contar uma história, como o
vídeo, os fantoches, o teatro, a expressão corporal, a expressão
facial, e outros.
–
Atenção para a
cena em que o casal está na cama discutindo como sair do impasse e o
Dr. De Soto diz: “eu sou igualzinho ao meu pai, quando começo uma
coisa, vou até o fim”. A partir desta frase surgem desdobramentos.
Em que aspectos, na profissão, no jeito de ser, nas qualidades nos
parecemos com nosso pai?
A
valorização da cultura familiar, da experiência dos maiores.
–
Como enfrentar
situações potencialmente violentas? E como criar uma convivência
pacífica?
Frequentemente
é um momento de abertura quando as crianças falam sobre as
situações de risco que vivem em seu dia-a-dia: alcoolismo,
violência intra-familiar, abuso sexual, maus-tratos. Importante para
o educador se aprofundar sobre o que fazer desde sua posição para
esclarecer, encaminhar e orientar soluções.
Guia
de Atividades
Trocando
ideias:
1)
Antes de ler o livro:
–
Explique o tema
geral da história: um rato dentista resolve atender uma raposa que
tem a intenção de devorá-lo depois do tratamento.
–
Peça às crianças
que comentem ou troquem experiências sobre a profissão de dentista:
quem já foi; tipos de trabalho que o dentista faz; se o tratamento
causa dor.
–
Comente sobre o medo
tradicional que as pessoas sentem pela cadeira do dentista.
–
Pergunte às
crianças se elas conhecem pessoas ingratas como a raposa. Discuta
sobre a ingratidão.
–
Vamos convidar um
dentista para uma palestra sobre “saúde bucal”?
2)
Depois de ler o livro:
–
Recorde a história
com as crianças e pergunte quais foram os fatos mais importantes na
opinião delas.
–
Avalie com elas a
atitude do Doutor. Quem teria feito o mesmo? Quem faria diferente?
–
Peça às crianças
para imaginarem outro plano para evitar que a raposa coma o dentista.
–
Imagine, junto com o
grupo, um novo final para a história.
Usando
a criatividade:
–
Desenhar, colorir e
recortar as máscaras dos personagens principais. Repetir esta
atividade com relação aos rabos da raposa e do ratinho.
–
Dramatize a história
com as crianças usando as máscaras produzidas, correspondentes aos
personagens.
–
Com material de
sucata, peça para as crianças montarem aparelhos de dentista.
Depois escolha uma para ser o paciente, uma para ser o dentista,
outra pode ser o/a ajudante e outras podem fazer o barulho dos
aparelhos (guincho, broca, água).
Se
expressando com o corpo:
–
Peça às crianças
para imitarem o andar dos ratos e das raposas. Use outros bichos,
mesmo que não tenham aparecido na história.
–
Brinque de pique. As
raposas deverão pegar os ratinhos (e vice-versa), se movimentanto
como tais.
Cada
criança pode usar um rabinho preso na roupa com um clips.
–
Distribua um
letreiro com o nome de um bicho para cada criança. Depois peça que
se espalhem pela sala formando grupos ou famílias de bichos, como
por exemplo, os animais do zôo, os da floresta e os domésticos.
Depois
peça para se agruparem novamente, seguindo outro critério, como por
tamanho, ferocidade, cor dos pelos, voadores e terrestres.
Reconhecendo
pela observação:
Nada
melhor do que uma visita a um dentista que possa desmistificar a dor
de dente e valorizar a importância de uma boa saúde bucal.
O
Baú das Histórias, um Conto Africano
Texto:
Gail
E. Haley.
Apresentação:
O
livro trabalha a questão da identidade cultural que se perde.
Valorizar a importância do “eu indivíduo” como um sujeito único
e criativo. Valorizar as tradições da comunidade e do grupo social,
nos aspectos de folclore, música, comidas, festas, tradições, como
um bem “único e por isso mesmo original”.
Valorizar
a criatividade como um valor inerente a cada pessoa e grupo social e
sua capacidade de transformação.
Altamente
recomendado para:
–
Trabalhar a memória
como um valor que nos ajuda a analisar mais amplamente soluções
para um projeto ou problema a partir das nossas experiências de vida
e a história do ser humano;
–
Despertar o
interesse da criança pelas histórias e lendas regionais e de outros
países;
–
Enriquecer a
imaginação através das incríveis situações e soluções dos
problemas encontrados pelo personagem
Ananse
e através da exploração das belas ilustrações do livro;
–
Estimular a análise
da importância das histórias para a cultura de um povo, da
inteligência para superar a força física e da força de vontade
para vencer as dificuldades e limites;
–
Trabalhar
criativamente as noções de cultura e identidade cultural,
explorando as diversas manifestações culturais e artísticas do
próprio país e de outros, como por exemplo, gestos, desenhos,
encenações e músicas regionais;
–
Propor uma pesquisa
da identidade cultural e familiar de cada aluno. História da
família, profissões, raça e credo, onde e como vivem as histórias
fantásticas e reais, os aspectos positivos (atitudes criativas, de
solidariedade, de união, etc.) e negativos (violência
intrafamiliar, alcoolismo, despreparo para o trabalho – desemprego,
etc.), os momentos de grandes transformações e mudanças na
família.
Guia
de Atividades
Trocando
ideias:
1)
Antes de ler o livro:
–
Crianças, este é
um conto africano! Olhando no globo terrestre, onde fica o continente
africano? É um continente pequeno ou grande? Você sabe que há
países no continente africano que falam a Língua Portuguesa?
–
Explique o tema
geral da história: o feiticeiro Ananse tem que cumprir três tarefas
dificílimas para ganhar as histórias do Deus do Céu;
–
Converse com as
crianças sobre a importância das histórias para a cultura de um
povo. Elas conhecem alguma história da cultura brasileira de origem
africana?
2)
Depois de ler o livro:
–
Vamos recordar a
história e descobrir de que partes as crianças mais gostaram;
–
Peça-lhes para
contarem algum caso em que conseguiram algo de valor, através da
coragem, inteligência e perseverança;
–
Peça exemplos de
como as pessoas superam as dificuldades valendo-se da força de
vontade. E o brasileiro no seu dia-a-dia?
–
Identifique, com as
crianças, fatores curiosos que diferenciam uma cultura da outra.
Pode-se discutir como as pessoas costumam ouvir histórias em cada
lugar, a literatura de cordel do nordeste, os best-seller americanos,
a cultura oriental, o costume de repetir as palavras para sublinhar
uma ideia, dos africanos… o que cada criança daria em troca das
histórias do Deus do Céu? É justo o preço que Ananse pagou?
Que
outras armadilhas usariam para pegar os animais que o Deus do Céu
pediu?
–
Fale sobre a
mensagem do livro que é sobre o resgate de uma cultura;
–
Usando a
criatividade: Faça uma boneca, como aquela que Ananse esculpiu;
–Peça
as crianças que movimente-se pela sala como se fosse uma aranha por
alguns minutos;
–
Brinque com as
crianças de contar histórias. Peça a uma delas para começar a
contar uma história, e às outras para continuarem;
–
Construa com as
crianças uma aldeia africana. Elas podem se dividir em grupos de
animais, de contadores de histórias, de jovens guerreiros e suas
mulheres;
–
Você também pode
montar uma peça usando a história do livro, onde as crianças são
os atores, ou adaptar a idéia principal para outras situações e
lugares.
Usando
a criatividade:
–
Repita algumas
vezes, e ensine às crianças a pronunciar palavras como Mmoatia (a
fada), ressoando o m e outras palavras e nomes africanos que se
encontram no livro, como: Yridi, Osebo, Nyame, Sora;
–
Faça uma reflexão
sobre a influência das culturas africanas no Brasil: a escravatura,
culinária, vestimentas, música, folclore, etc.
–
Explique onde fica a
África e comente suas características gerais (natureza exótica,
tribos guerreiras, alimentação).
Que
ritmos e instrumentos musicais são mais usados na África?
–
Estimule cada aluno
a falar de sua raça e suas origens;
–
Faça uma exposição
no colégio, peça às crianças que tragam objetos, vestuários e
instrumentos musicais, típicos, brasileiros e de outras origens
(entre elas a africana), que tenham em casa;
–
Faça com as
crianças um desfile de moda com penteados e trajes tipicamente
africanos;
–
Leve as crianças
para visitar museus que ensinem sobre a cultura brasileira, as
etnias, africana, indígena e outras;
–
Com desenhos,
recortes de revistas, jornais e livros, peça às crianças para
montarem um mural com um mapa gigante do Brasil, representando os
diferentes personagens da nossa cultura (nordestinos, gaúchos,
etc.);
–Confeccione
com as crianças objetos de diferentes culturas, como a indígena
brasileira, a africana, a americana ou as orientais, depois monte um
bazar na sala para vendê-los. (você pode criar cédulas com as
crianças ou comprar em loja de 1,99) Cada vendedor deverá explicar
a origem e a utilidade do objeto que estiver vendendo e se vestir a
caráter.
Se
expressando com o corpo:
–
Estimule as crianças
a expressar-se com o corpo com a mesma liberdade que observamos nas
danças africanas, ou nas manifestações de origem africana que
encontramos no Brasil, na conga, no samba e no frevo;
–
Construir com
materiais simples uma orquestra de percussão estimulando as crianças
a se expressarem com o ritmo das mãos e dos dedos;
–
A partir da cena em
que o jaguar é amarrado e puxado na grande teia, estimule as
atividades:
Que
as crianças em grupo brinquem de elástico ou cama de gato;
–
Providencie uma
escada de cordas para que as crianças subam;
–
Divida a turma em
dois grupos para a brincadeira do cabo de guerra.
Reconhecendo
pela observação:
Pesquise
com suas crianças os diferentes aspectos influenciados pela cultura
negro-africana no Brasil. As etnias e miscigenação, a linguagem, a
religião, a música, a comida e a flora e fauna.
A
CAIXA MALUCA
Texto:
Flávia Muniz e Michele Iacocca
Apresentação:
O
livro trabalha a dificuldade dos personagens em encontrar uma solução
justa. A história reflete a situação de que, frente a um problema,
como cada um reage. Vamos refletir sobre a importância de termos uma
postura ética e serena.
Mostram
que a vida em sociedade se altera completamente quando “lisonja
interesseira”,
“egoísmo”, “raiva” e “mentirinhas” criam grandes
confusões, como ocorreu nesta história.
Altamente
recomendado para:
–
Procurar na
comunidade quais são os animais mais comuns de serem encontrados, os
mais conhecidos por todos, os mais ou menos temidos pelas pessoas e
por quê. Fazer uma pesquisa sobre onde os animais da história são
encontrados no Brasil.
–
Enriquecer o
vocabulário infantil brincando com rimas para palavras indicadas.
Podem ser aproveitados todos os nomes de animais citados nesta
história.
–
Pesquisar sobre o
conceito histórico da justiça, quem faz justiça, quais são as
profissões inerentes à justiça, quais são os diversos níveis de
poder. Pesquisar o castigo que se aplica na sociedade moderna a quem
é condenado pela justiça.
Guia
de Atividades
Trocando
ideias:
1)
Antes de ler o livro:
–
Mostre a capa do
livro aos alunos e pergunte: o que será que tem nessa caixa?
Registre todos os palpites.
2)
Depois de ler o livro:
–
Questionar os
alunos: Quem viu primeiro a caixa? O macaco merecia ficar com a
caixa? Quem deveria ficar com ela, em sua opinião?
–
Defina e em seguida
bata um papo com a turma sobre as relações de poder e hierarquia (o
chefe, o líder, o prefeito. o presidente, o rei).
–
Na floresta, essas
relações costumam existir e, em geral, são respeitadas.
Desobediência na floresta resulta em castigo pesado e certos
estigmas que perduram para o resto da vida. A raposa costuma ser
esperta e traiçoeira, o sapo é feio por invadir uma festa em que
não foi convidado, a formiga é trabalhadeira e a cigarra preguiçosa
por só pensar em cantar e por aí vai. O leão se mantém, ao longo
das histórias, como rei e soberano, apesar de que sabemos que quem é
forte mesmo é a leoa. (trabalhar os aspectos de “gênero”).
Estes conceitos precisam se manter assim, para sempre?
Descubra
o posicionamento crítico das crianças diante do texto:
–
Você dá chance aos
seus amigos para se expressarem? Numa brincadeira abre espaço para
que todos possam participar, ou só você tem a palavra final? Você
exercita o diálogo ou sempre parte para a agressão? Você sabe
falar e ouvir? O que você faz com as críticas que recebe ou os
elogios interesseiros?
Como
as crianças se relacionam com o disse-me-disse, o xingamento e a
mentira:
–
Você já ouviu a
frase “quem conta um conto aumenta um ponto?” O que você entende
por isto?
–
Diversifique ainda
mais a discussão, citando a cadeia alimentar. O que sabemos sobre
“cadeia alimentar”?
–
Agora convide-os a
falar sobre a ética que é preciso ter para se viver em comunidade.
Comece explicando o que é ética.
–
Será que alguma
flexibilidade, cooperação e parceria não permitem às pessoas e
aos animais se modificarem e não cometerem mais erros, fofocas e
mentiras?
–
Será que
xingamentos e castigos violentos devem ser estimulados sem julgamento
cuidadoso do grupo?
Usando
a criatividade:
–Proponha
que criem um outro final para a história.
•
A mudança pode
começar a partir da frase “Da caixa maluca não saiu banana, nem
bolo, nem doce, nem bala...”, se quiserem substituir apenas o que
tinha dentro da caixa.
•
Pode ainda começar
de “Já …………………………………, tomou cuidado. E,
no meio do bafafá, pegou a caixa muito sabido...”, se quiserem
mudar também quem pegou a caixa.
–
Proponha um trabalho
de pesquisa sobre animais, perguntando:
E
se a caixa caísse na Floresta Amazônica, na Mata Atlântica ou no
Cerrado? Fazer um levantamento sobre quais animais habitam essas
regiões. Alguns eles conhecem, outros devem ser pesquisados em
livros ou em sites
na
Internet. A pesquisa pode se estender para uma coleta de dados sobre
cada animal.
–
Proponha a
brincadeira do telefone sem fio. Você já brincou disso? Num grupo
de crianças enfileiradas alguém inicia dizendo uma frase que deverá
ser passada para o amigo ao lado, bem baixinho, como um segredo. Ao
chegar ao último ouvinte, este fala alto o que ouviu e entendeu e,
na maioria das vezes, verificamos quanta coisa se altera da mensagem
inicial, neste pequeno percurso.
–
Brinque com a classe
de adivinhar os animais pela rima.
•
Viu nada, seu bobão!
A caixa é do rei ....................( leão)
•
Deixem a caixa aí,
ela é do ……………… ( jabuti, javali, siri)
•
Que ninguém se
amedronte, a caixa é do ……… (rinoceronte)
•
A caixa tem um
diamante, só pode ser do ………… (elefante)
–
Sugira uma
brincadeira com seus alunos de “aumentarem pontos”
propositadamente, para criarem novas e engraçadas histórias. Cada
criança poderia ser um bicho diferente e criar sua própria atitude.
–
Para continuar
brincando crie um júri simulado na floresta convide, por exemplo, um
“Elefante-Advogado”. Você e seus alunos podem escolher, para a
dramatização, quem vai ser cada personagem e quem será o
Elefante-Advogado.
–
Para ampliar a
brincadeira, escrevam versinhos pequenos, com boas rimas e idéias
engraçadas.
Aproveite
para usar fantoches confeccionados pelas próprias crianças, para
recitar as poesias feitas.
–
Organize a classe em
4 grupos (com o mesmo total de participantes) e proponha que em casa
cada grupo crie uma caixa misteriosa. Eles devem decidir o que terá
na caixa (explicar que não pode ser nada que corra o risco de
machucar os colegas), porém na quantidade de pessoas do grupo que
será presenteado, e depois revesti-la de modo que fique bem
atraente. No dia seguinte o professor fará o sorteio dos dois grupos
que começaram a brincadeira, um grupo deve disputar a caixa que o
outro fez. Cada pessoa representará um animal à sua escolha e
apresentará um argumento que justifique sua pretensão à caixa. Por
exemplo:
-Eu
sou a tartaruga; sou a mais velha dos animais, por isso mereço ficar
com a caixa.
-Eu
sou a onça-pintada, sou a mais brava, por isso devo ser
recompensada.
-Sou
o macaco, estou ameaçada de extinção, então devo ficar com a
caixa.
E
assim por diante. O grupo presenteador é que decide qual é o
argumento mais convincente. Porém aquele que ganhar deve repartir
com todos os colegas do seu grupo. A brincadeira prossegue até que
todos os grupos tenham entregado e recebido uma caixa.
Se
expressando com o corpo:
Divida
as crianças em grupo e peça que imitem o movimento e o som dos
animais da história.
Reconhecendo
pela observação:
Esta
história mostra animais pouco conhecidos pelas crianças, como o
elefante, a girafa, tucano, pica-pau, paca e outros tantos que povoam
a literatura infantil.
Organize
um mural, com retratos da nossa fauna.
Dá
um Sorriso pra Titia
Texto:
Diane
Paterson.
Apresentação:
O
livro trabalha a necessidade que todos temos de conquistar afeto e
sorrisos. Podemos também ver a titia como uma pessoa que quer
“comprar um sorriso”, e para isso oferece uma porção de coisas
e “o cliente – a criança” – não é conquistado pelas
ofertas. Esta é uma relação de conquista, e/ou de compra e venda,
de consumismo, do afeto comprado ou conquistado? Até que ponto usou
os meios adequados para atingir o objetivo de conquistar.
Altamente
recomendado para:
–
Criar espaços de
reflexão sobre as formas de relação que crianças estabelecem com
crianças, adultos com crianças e adultos com adultos em nossa
sociedade.
–
Criar com as
crianças uma lista de coisas que gostam e que não gostam, incluindo
aí brinquedos e brincadeiras, histórias, programas de televisão,
jogos, alimentos, hábitos familiares, imposições dos pais ou
responsáveis, comportamentos de adultos e de outras crianças.
–
Explorar os desejos,
valores e histórias de vida de cada criança, como um sujeito único
e integrado, suas relações com outras crianças que merecem ser
igualmente respeitadas e reconhecidas.
–
Trabalhar o conceito
de amizade.
–
Garantir os espaços
de constituição da identidade individual das crianças e
constituição da identidade de certo grupo de crianças.
–
Estimular o espírito
crítico, o diálogo, as relações sinceras, amigas, fraternas e
solidárias.
Questionar
o comportamento caricato de certos adultos para com as crianças,
onde não reconhecem seus desejos nem suas individualidades, tratando
a todas como se fossem iguais e “bobocas”, apenas pelo fato de
serem crianças.
Guia
de Atividades
Trocando
ideias:
1)
Antes de ler o livro:
–
É um texto que
mostra que cada criança tem suas preferências, que podem ser
expressas sem uma única palavra, através das diversas manifestações
do corpo como um todo. De forma bastante caricata, uma tia tenta
conquistar o bebê, que apesar de tantos esforços não se deixa
seduzir.
–
Enquanto se mantém
indiferente, desinteressado pelas graças da tia, ele estabelece, sem
perceber, um tipo de relação na qual exige respeito e coloca
limites. Quantas vezes nós, como pais ou professores, desconhecendo
os reais desejos e interesses das crianças, fizemos piruetas para
que rissem para o fotógrafo, para que se alimentassem etc.? Diane
Patterson traduz com delicadeza e humor os meios de comunicação, às
vezes ineficazes, entre adultos e crianças.
É
uma boa oportunidade para refletir sobre a importância de
conhecermos bem os interesses da criança para que possamos
estabelecer uma comunicação eficaz.
2)
Depois de ler o livro:
–
Levante questões
que despertem a curiosidade das crianças.
–
Quem são este bebê
e sua titia? Você imagina quais sejam os seus nomes? Por que será
que este bebê deve sorrir para sua tia? Tias são sempre pessoas
alegres e que fazem as crianças rir? Você tem tias e tios?
Que
relação de parentesco eles têm com seus pais? A quem mais as
crianças podem chamar de “tia”?
Que
outras pessoas são representadas por essa tia – a mãe, a
professora, a avó e outros membros da família?
A
criança do livro parece feliz ou aborrecida?
–
Procure perceber o
nível de percepção e entendimento das crianças diante do que foi
exposto.
–
Por que as “tias”
são grandes perto dos seus sobrinhos? Sempre as tias são maiores
que seus sobrinhos?
E
quanto à idade: as tias são sempre mais velhas que seus sobrinhos?
–
As tias já foram
bebês um dia?
–
As tias sempre são
alegres e animadas ou, em alguns casos, aborrecem as crianças? Qual
é a “tia” que as crianças acham legal? E as crianças, são
sempre bem educadas, bem-humoradas e alegres?
–
As tias têm, em
geral, autoridade sobre as crianças? Elas sempre têm razão e as
crianças estão sempre erradas?
Isto
é verdade?
–
As tias podem
castigar as crianças? Em que situações?
–
Por que o bebê
sorri no final?
_Será
que a tia deveria ter usado outra estratégia para conquistar o
sorriso?
Coloque
em debate assuntos da relação da criança com os adultos:
–
Você já se sentiu
muito aborrecido por ter que demonstrar um sentimento que não era
verdadeiro naquele momento? Conte como e quando isto aconteceu;
–
Você sabe o quanto
é importante respeitar e expressar seus sentimentos para ter amigos
de verdade e para que os outros saibam como você é?
–
Você sabe que
existem leis próprias que asseguram os direitos das crianças e
deveres dos adultos e da sociedade para com as crianças?
Descubra
o que as crianças têm a dizer sobre violência intra-familiar ou
social:
–
O que você
considera atos de violência contra as crianças?
–
Você sabe de
crianças que são violentadas com ameaças, com castigos rígidos e
dolorosos ou que apanham de adultos, mesmo que estes sejam seus pais?
Alguém já lhe informou que estas atitudes são crimes contra as
crianças e que existem instituições que cuidam dos Direitos da
Criança?
Usando
a criatividade:
–
Convide-os para
desenhar a tia mais querida em três fases: assim que nasceu, quando
tinha uns dez anos e como é agora. Peça que tragam um retrato dela
para comparar com os desenhos.
–
Promova uma listagem
de nomes para as tias divididas em duas colunas: nomes para tias
queridas e nomes para tias chatas. Estimule a imaginação das
crianças criando nomes fantásticos.
–
Tente fazer entre
seus alunos um jogo de “interpretar caras e bocas”, onde cada um
cria uma expressão facial
ou
corporal e o outro tenta adivinhar a que sentimento está ligada:
alegria, tristeza, espanto, raiva, medo, sono, fome.
–
Aproveite os
fantoches e crie um teatrinho onde cada grupo de alunos vai inventar
uma nova versão para a história, dando outro final, invertendo os
papéis da titia e do bebê...;
–
Explore ainda mais a
imaginação deles pedindo que criem histórias completamente novas,
mas que enfoque assuntos debatidos, como a violência ou os Direitos
da Criança.
Se
expressando com o corpo:
–
Explore os diversos
movimentos do corpo que ajudem a criar um ambiente de conquista;
–
Procure fazer com
que as crianças imitem as diversas formas de expressão corporal da
tia e do sobrinho: o pisar pesado da tia, a cambalhota, o respirar
ofegante, o rosto de indiferença do sobrinho, o chute que o bebê dá
na bola, e os diferentes movimentos corporais que poderíamos fazer
estando sentados no chão.
Reconhecendo
pela observação:
–
A partir das fotos e
dos desenhos realizado em “usando a criatividade”, promova uma
pequena exposição das famílias das crianças, solicitando que
façam uma pequena dissertação sobre a mesma, sua profissão,
origem, etc.;
–
A partir dos
exercícios do “se expressando com o corpo” teatralize essas
expressões para que as crianças se estimulem mutuamente a uma boa
teatralização.
O
Mais Fantástico Ovo do Mundo
Texto:
Helme
Heine.
Apresentação:
O
livro é um grande estímulo ao pensamento e ação criativa. A
procura e o encontro de soluções inesperadas. Trabalha o estímulo
à competição e ao mesmo tempo premia o trabalho e nos fala de
estética e de justiça. A figura do Rei nos permite pesquisar a
monarquia. Temos família “Real” no Brasil? Tivemos Império,
quando e como foi? Quais são os países que ainda têm Reis e
Rainhas?
Os
tempos modernos exigem mudanças de valores, comportamentos e
conceitos. Dentre eles, um se impõe: a necessidade do ser humano de
ser flexível, de ser criativo, para se adequar num mundo que se
transforma permanentemente. Vivi, Cris e Maricota são três galinhas
muito criativas que desejam ter o reconhecimento do Rei. Para isto
botam ovos fantásticos, diferentes, e conseguem, as três, deixarem
de ser rivais para serem parceiras. Com a criatividade delas e a
flexibilidade do Rei, a cooperação, a parceria e a amizade
superaram a competitividade.
Altamente
recomendado para:
–
Trabalhar com formas
geométricas a partir de objetos que façam parte do mundo das
crianças.
–
Explorar cores
primárias, secundárias e terciárias, sempre que possível a partir
de elementos produzidos pela natureza que tenham cor e que possam se
transformar em tinta, em molho com água ou através de cozimento no
fogo. Misturar, descobrir e inventar é necessário e desta
brincadeira surgem a química e a alquimia. Vamos ao dicionário?
–
Apresentar blocos
lógicos onde as noções de cor, de espessura, de tamanho, de peso e
de forma podem ser trabalhadas, fazendo ordenações e séries, das
mais simples às mais complexas.
–
Fazer construções
fantásticas e mirabolantes com sucata variada: caixas de ovos,
embalagens plásticas, caixas de papelão de muitos tamanhos e cores,
botões, chapinhas, cola, tecido etc.
Que
tal criar uma coroa para cada princesa, onde o formato do ovo de cada
uma apareça de algum jeito, na sua coroa?
- Falar sobre fecundação, ovo e o ciclo da vida.
Guia
de Atividades
Trocando
ideias:
1)
Antes de ler o livro:
–
Comece lendo, antes
de qualquer coisa, a primeira e a última página do livro. Sobre o
fundo amarelo há apenas as pegadas das galinhas e depois as pegadas
misturadas com pés de gente, organizadas de outra forma. Pergunte às
crianças: o que vemos? Podemos identificar que animal passou por ali
olhando somente suas pegadas? Que animais deixam pegadas? E como são
cada um destes animais? E suas pegadas? Podem-se explorar outros
índices e sinais: nuvem negra é sinal de chuva, bandeira branca
indica paz, amarelo é atenção... e o que mais?
–
Faça com seus
alunos uma leitura imaginativa destas duas páginas que antecedem e
finalizam a história e ajude-os a descobrir do que trata o texto.
–
Quais os sinais que
procuram ser universais? O que significam? Os de trânsito? Os que
indicam direções ou se o banheiro é das meninas ou dos meninos? E
qual o sinal ou imagem que identifica cada ser humano – é o
retrato ou a impressão digital?
2)
Depois de ler o livro:
–
Comece questionando
o que eles sabem sobre ovos e reprodução em geral: Que são ovos?
Todos
os animais se reproduzem através de ovos? Quais podem ser as outras
maneiras de reprodução animal? Você já pensou sobre como você
nasceu? Como os seres humanos se reproduzem?
–
Ovos de chocolate,
ovos de galinha, ovos de codorna, ovos de sabiá... que outros ovos
você já viu, já segurou ou já comeu? Ovos de cobra ou jacaré? Um
ovo perfeito quanto a forma, com casca branca ou colorida, com gema
de cor bem firme, são detalhes que valorizam o animal que o colocou?
–
Verifique como seu
grupo vê a competição entre as galinhas e inicie um debate sobre o
valor das disputas: Por que competir para ver quem bota ovos mais
fantásticos? Vivi, Maricota e Cris conseguem a premiação
compartilhada porque o Rei descobriu, em cada uma delas, uma
característica muito especial. O Rei agiu certo ou errado? Por quê?
Vamos agora pensar sobre os padrões de beleza de ontem, de hoje e
imaginar os de amanhã. O que é bonito para alguém, é bonito para
todo mundo? Pense agora nas suas preferências pessoais. Elas são as
mesmas dos seus amigos? São semelhantes às dos seus pais ou avós?
Por quê?
–
Comente com eles a
necessidade de tentarmos ser os melhores em cada coisa que fazemos:
Como
a Vivi, a Maricota e a Cris, nós sabemos que ninguém é bom em tudo
o que faz, todos temos limites e impossibilidades, mas podemos nos
superar sempre. Diga rápido, sem pestanejar, cinco coisas que você
não sabia fazer quando era menor e que hoje você já sabe.
Agora,
aqui para nós, que coisas você tem consciência de que pode fazer
melhor? Respeite seus ritmos, suas intuições, mas cuide para se
manter curioso e com vontade de inventar e descobrir sempre. Sucesso
à vista!
Usando
a criatividade:
–
Procure pelas ruas
próximas da sua comunidade onde há rastros e vestígios que indicam
pegadas de certos animais: cães, gatos, cavalos etc. Se não houver
animais por perto, faça com as crianças
“carimbos
de batatas” a partir do formato dos pés de: porco, cachorro,
cavalo, galinha, cão, de gente e de todos os animais que você e
seus amigos se lembrarem.
–
Se alguém conhecer
a brincadeira de chicotinho-queimado pode-se criar uma brincadeira
adaptada.
Quem
conhece a história vai dizendo se está “quente, morno ou frio”,
em função da história que está sendo criada a partir da
observação cuidadosa das pegadas. Quem está quente, está perto de
acertar de que animal é aquele rastro do desenho de alguém, morno
está mais ou menos próximo, e frio... está voando por terras
distantes. Epa, mas neste jogo vale voar porque todo processo
criativo exige ousadia e tempo de voo!
–
Vamos fazer uma
viagem pelo país das formas. Desenhe ovos bem originais, misturando
retas e curvas, mas não deixe nunca a curva aberta, para não vazar
clara nem gema pelo chão, tá legal?
Ovos
grandes, ovos mínimos, coloridos, triangulares, retangulares,
compridos como uma cobrinha.
Agora
vamos inventar nomes de animais que poriam ovos daquele tipo. Vou dar
a partida: ovos em formato de losango me fazem pensar em balões de
São João, portanto eu diria que são ovos de Joaninha! – acabei
de inventar esta! Você pode continuar a brincadeira.
–
Vamos voltar para os
personagens da história e tentar contar novas aventuras que as três
galinhas poderiam viver. Lembre-se de usar os fantoches num divertido
teatrinho, criando tudo o que a sua imaginação lhe sugerir.
Se
expressando com o corpo:
Estimule
as crianças a se encolherem com o próprio corpo como um casulo,
procurando ocupar o menor espaço possível. Uma variante dessa
atividade é fazer com que a gente consiga entrar numa caixa pequena,
dobrando pernas e braços. Ou fazendo com que num determinado espaço,
um pequeno quadrado marcado no chão, caiba o maior número de
crianças. Esta atividade, além de propiciar um melhor domínio do
próprio corpo, estimula a participação coletiva.
Reconhecendo
pela observação:
Façamos
uma pesquisa sobre as espécies ovíparas, quais são economicamente
úteis para o ser humano, quais necessitam de proteção, as que são
dóceis ou perigosas. As que são carnívoras ou não.
Carlinhos
Precisa de uma Capa
Texto:
Tomie
de Paola.
Apresentação:
O
livro nos fala de dificuldades e iniciativas. A importância do
trabalho criativo para proteger-se das intempéries, o ciclo de
produção da matéria-prima até o produto acabado.
Dos
artesanatos e ofícios. A relação entre as ovelhas e o pastor. Nos
mostra também didaticamente como tecer.
Carlinhos,
este fabuloso pastor de ovelhas, nos ensina a solucionar desafios e
impasses com bastante criatividade. A necessidade e o desejo de ter
uma nova capa para enfrentar o frio servem de pretexto para mostrar
como as ovelhas são importantes para aquecerem os corpos das
pessoas, cedendo seu pelo para a confecção de lindas capas
coloridas e sob medida. Carlinhos sabe planejar sua ação e, movido
pelo desejo de criar, executa-a com mestria, seguindo etapas
encadeadas e lógicas.
Altamente
recomendado para:
–
Trabalhar a
capacidade de aceitação criativa de desafios que podem levar a
grandes descobertas e invenções.
–
Valorizar a
criatividade no que se refere à capacidade de resolução de
problemas, à flexibilidade desejada e à combinação necessária de
aprendizagens variadas para buscar soluções.
–
Promover um ambiente
que favoreça a tentativa, a experimentação, que valorize a
persistência, o ensaio e o erro, o levantamento de hipóteses, a
discussão e levantamento de probabilidades que podem se confirmar ou
não.
–
Reconhecer a
necessidade de enfrentar com ousadia e criatividade os desafios,
conhecer as dimensões, limites e possibilidades para, em seguida,
planejar, acompanhar e avaliar as ações.
–
Discutir profissões,
ofícios, habilidades que se mantêm como hobbies na vida das
pessoas.
Um
pastor de ovelhas costura sua própria capa. Um médico pode tocar
violão e assim por diante.
Articular
trabalho, geração de renda, capacidade dos adultos de se auto
gerenciarem e a suas famílias, buscando associar, sempre, trabalho e
prazer, vida e trabalho.
–
Discutir a
exploração do trabalho infantil no campo e nas cidades, como também
o trabalho e os direitos do idoso.
–
Propor uma exposição
de produtos a partir da tecelagem e do trançado. Tapeçarias,
tapetes, tecidos, bateia, peneira, etc. Estabelecer relações com os
diversos ofícios, artista, tapeceiro, tecelão, garimpeiro,
cozinheiro, etc.
–
Discutir os climas e
suas diversas manifestações. Como proteger-se do frio e do calor.
As diversas temperaturas do clima. A neve e o gelo como um dos
estados da água (consultar a coleção “Água, Meio ambiente e
vida”).
- Na música, se interpretaram as estações? Ver as “Quatro Estações” de Vivaldi.
Guia
de Atividades
Trocando
ideias:
1)
Antes de ler o livro ou exibir o vídeo:
–
É muito importante
conversar com as crianças sobre suas possibilidades de enfrentar
desafios que, num primeiro momento, poderiam parecer insolúveis.
Como um aquecimento, antes dessa história, vale criar desafios que
estimulem o senso de organização e lógica, brincando de citar a
ordem das etapas de algumas atividades, como a criação de um
desenho, de uma casa, de um pomar.
–
Esclareça aos seus
alunos que existem vários tipos de profissão. Fale que, ao longo
dos anos, muitas profissões e utensílios foram sendo esquecidos
devido ao avanço das tecnologias de produção; que existem
artesãos, que fazem trabalhos manuais e minuciosos; e que existem as
fábricas e indústrias, produzindo em série através de máquinas e
robôs.
–
Aproveite a capa e o
título do livro para descobrir o que as crianças esperam dessa
história.
Olhando
a ilustração da capa, será possível descobrir por que Carlinhos
precisa de uma capa?
2)
Depois de ler o livro:
–
Veja o que as
crianças já sabem sobre pastores e ovelhas: Você sabe o que faz um
pastor de ovelhas? Existem outros tipos de pastores? Você sabe como
são as ovelhas e o nome que se dá a um bando delas? De que será
que se alimentam? E para que servem? O que é tosquiar?
Como
vivem em cada estação do ano? Qual deve ser a época ideal de se
tosquiar as ovelhas?
E
o que se pode fazer com sua lã? Que outros animais produzem lã?
–
Coloque em questão
o contraste entre o artesão e a fábrica: Alguns artesãos foram
substituídos pelas as fábricas. O lenhador, pelas serras elétricas
e pelos tratores de desmatamento.
Como
as crianças veem essa substituição de papéis na comunidade. Por
que os produtos artesanais são, em geral, mais caros que os
industriais? Que possíveis invenções do homem poderiam substituir,
por exemplo, o carro, a comida, o médico, o professor?
–
Crie um debate sobre
a vida do homem, dos animais e das plantas em função das estações
do ano:
O
clima de cada região muda em função das estações do ano? Em
certos lugares do Brasil só se percebem diferenças climáticas
entre o inverno e o verão. Por quê? O que caracteriza cada estação?
E como nos vestimos o que gostamos de fazer, de comer? E os animais?
Vocês
se lembram da fábula da Cigarra e da Formiga? Ela nos ensina a
planejar e a sobreviver nas diferentes estações do ano, mas... nem
sempre conseguem equilibrar o trabalho árduo com a preguiça. Vamos
discutir este assunto?
Usando
a criatividade:
–
Vamos arranjar
lençóis velhos ou tecidos que possam ser cortados e tingidos. Vamos
iniciar usando uma camiseta, que servirá como molde quando colocada
sobre o tecido dobrado. Este deverá ser cortado com folga para ser
costurado. Use agulhas de furo grosso e linhas grossas.
Ponto
por ponto, um atrás do outro, vamos descobrindo e inventando um
jeito de fazer cada um a sua capa. Depois de prontas, é a hora de
você e quem mais estiver na brincadeira escolherem a cor que desejam
para suas capas. O desafio consiste não apenas em cortar e costurar,
mas também em produzir as tintas que vão tingir sua capa com
produtos naturais.
–
Não se assuste! A
natureza é generosa e nos fornece elementos como folhas, frutos e
vegetais que nos ajudam a colorir quase tudo. Muitas vezes é
necessário fazer uma química que mistura mais de um elemento. É
sair em campo, pesquisar e experimentar. Bem, se você quiser colorir
sua capa com o azul do céu ou do fundo do mar, é só deixar a
imaginação fluir e iniciar a alquimia.
–
Vale utilizar
caldeirão, temperos de bruxa e até um cabo de vassoura para mexer.
Não se esqueça dos fantoches. Eles certamente vão querer entrar na
brincadeira.
Se
expressando com o corpo:
–
Estimular a
construção de teares horizontais ou verticais na sala de aula.
Pesquisar a tapeçaria, a tecelagem e o trançado (ver livro Trançado
Brasileiro). Pode ser muito interessante e criar pequenos tapetes
(com a técnica do tear de cintura da cultura).
–
Realizar uma
atividade fora da escola, se possível no campo para a colheita de
fibras naturais para serem trançadas: bambu, a palha o sisal, a
folha de coqueiro.
Reconhecendo
pela observação:
Sugere-se
fazer uma visita a um tecelão ou malharia para que as crianças
possam conhecer de perto todo o processo de fiação, tecelagem e
tingimento.
Haroldo
Vira Gigante
Texto:
Crockett
Johnson.
Apresentação:
O
livro nos fala da capacidade que cada ser humano tem de construir o
seu mundo.
A
iniciativa, a vontade de fazer e o conseguir fazer. O estímulo a
imaginação e a viagem que nos permite voar de um extremo ao outro
nas mais variadas situações em que ora somos pequenos ou grandes,
ora viajamos de um lugar para outro, seja na terra, no mar ou no ar.
Qual
será o papel do adulto na constituição da identidade das crianças?
Que tipo de relação ajuda a criança na expressão de sua
singularidade como sujeito, diferente de todos os demais? É através
do contato com outras crianças e com as diferenças que elas
desenvolvem suas personalidades como sujeitos únicos e integrados,
que se utilizam de diferentes formas de expressão e de linguagem
para dizerem quem são, o que sentem e como organizam o mundo interno
e externo.
É
assim que Haroldo, este menino genial, se torna gigante, maior que
árvores, castelos, montanhas e paisagens sem fim. Com seus desenhos
vai criando, transformando o mundo e constituindo-se como um ser
também único, que se expressa graficamente de forma livre e sem
limites.
Explora
diferentes espaços, brinca com o tempo, com as grandezas e as
medidas.
Altamente
recomendado para:
–
Analisar a estrutura
criativa do livro.
–
Incentivar a
fantasia e a imaginação.
–
Estimular a
expressão gráfica variada.
–
Pensar sobre a
construção das noções espaço-temporais a partir da formulação
de sequências lógicas: início, meio e fim.
- Explorar os ciclos da natureza, os dias e as noites, as fases da lua.
Guia
de Atividades
Trocando
ideias:
1)
Antes de ler o livro:
–
Vale a pena
conversar sobre a capacidade de imaginar tudo o que se deseja e de
representar o que se imagina, graficamente, de variadas formas: com
papel e lápis, com canetinhas, pincel etc. Tintas podem ser usadas
sobre telas, papéis próprios e tecidos. Pedacinhos de madeira, no
chão de terra, na areia da praia... E ainda com o dedinho, numa
vidraça embaçada ou num móvel empoeirado.
–
Exponha as múltiplas
manifestações que uma obra de arte pode ter: pintura, desenho,
escultura, colagem ou mosaicos.
–
Que outros materiais
poderiam usar para cada uma destas manifestações se concretizarem?
Barro,
cera, gesso, vidro, cerâmica, madeira etc.
–
Lance mão do título
do texto e investigue que surpresas os alunos esperam encontrar.
Haroldo
é um mago que se transforma em tudo? É um artista?
2)
Depois de ler o livro:
–
Procure explorar
tudo o que as crianças já sabem ou conhecem: Que pintores famosos
você conhece? Por que você acha que se tornaram famosos? Lembrar
dos artistas plásticos brasileiros famosos: Vitalino, Aleijadinho,
Di Cavalcanti, Dacosta, Portinari. Que diferenças existem entre os
Girassóis pintados por Monet e os Girassóis pintados por Van Gogh?
Experimente fazer o seu quadro de girassóis.
–
Explore
proporcionalidade através de desenhos infantis ou de pinturas
famosas. Por exemplo: o tamanho das mãos das mulheres negras de Di
Cavalcanti, os pescoços compridos das mulheres de Modigliani, as
pessoas gordas dos quadros de Fernando Botero. Mais desproporções e
registros mágicos podem ser encontrados nas obras de Salvador Dali e
Picasso. Museus e bibliotecas são os espaços ideais para tais
pesquisas.
–
Pegue carona nas
desproporções e desenvolva noções de tamanhos relativos: maior
que, menor que e mesmo tamanho.
–
Explorar semelhanças
e diferenças entre anões e gigantes. Quem conhece algum anão?
E
gigantes, se existem, onde moram e quem já os viu?
–
Lembrar de histórias
onde façam parte anões e gigantes.
–
Quais as vantagens e
as desvantagens de ser gigante ou anão?
–
Pôr em debate a
relação do homem de qualquer idade com a arte e o espaço social;
–
Quais são as
produções artísticas dos moradores da sua comunidade?
–
Espaço urbano é um
local adequado para as artes em geral, ou estas devem ser reservadas
a museus, salas e teatros? A arquitetura pode ser uma obra de arte?
Como você vê o aspecto geral da sua cidade? Causa-lhe bem-estar os
prédios, as praças?
–
Os pichadores que se
utilizam de espaços públicos, riscando as paredes e muros da
cidade, podem ser considerados artistas? Por que a vida comunitária
exige a discussão, elaboração e obediência a certas regras para
se tornar possível viver e conviver bem?
Usando
a criatividade:
–
Se você quiser,
pode começar desafiando a imaginação e a inventividade das
crianças a partir do personagem principal desta história criado sob
a forma de fantoche. Ele entra e sai da história, participa de
outras aventuras fantásticas que você quiser criar, pode se juntar
a outros personagens de antigas ou novas histórias e compor uma
outra história.
–
Traga para seu grupo
diferentes técnicas de pintura ou representação gráfica e faça
uma aula recreativa, onde todos possam pesquisar cada técnica nova,
misturá-las ou inová-las, usando os mais diversos e alternativos
materiais (cola, sementes, folhas secas, lã), a fim de criar uma
galeria de obras de arte onde poderão ser expostas, futuramente.
–
Estimule-os a
criarem painéis onde se conte uma história definida apenas por
desenhos.
Esses
painéis podem ser feitos em grupo, onde se desenvolverá ainda a
integração da imaginação
e
da expressão individual de cada criança com outras.
Reconhecendo
pela observação:
Na
história de Haroldo percebemos um menino que constrói o seu mundo.
Sugere-se aqui uma série de atividades de observação/contemplação
com o objetivo de memorizar num tempo determinado o maior número
possível de aspectos referentes ao objeto observado. Estimular uma
observação espacial para que a criança perceba quantas novas
imagens surgem se ela observa movimentando-se em torno do objeto
observado.
Faz muito tempo que copiei essas dicas e fiz algumas adaptações, só não me lembro de onde tirei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário