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sexta-feira, 15 de março de 2013

Dia do circo no CMEI



Organizando o CMEI para o dia do Circo



Nossos lindos palhaços

Tia Lélia
Tia Larissa
Tia Esdra
Tia Marinalva brincando com as crianças













Tia Gil (diretora) e Tia Neila (supervisora) 









quinta-feira, 14 de março de 2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

Sugestões de atividades de alguns livros de literatura infantil



Esses livros fazem parte da coleção crianças criativas da editora global

Constituída por livros premiados e reconhecidos internacionalmente, a Coleção Crianças Criativas têm como principal objetivo desenvolver nas crianças a curiosidade, a imaginação e a inteligência.


Feliz Aniversário, Lua
Texto: Frank Asch
Apresentação:
O livro nos mostra de uma forma poética como a mais absoluta fantasia pode parecer real.
Poeticamente o autor nos conta a paixão de um urso pela lua e leva-nos a conhecer todos os esforços que ele faz para presentear e desejar-lhe um feliz aniversário. Nele podemos trabalhar diversas questões, como a fantasia, o afeto, a economia, o oferecer-se, o imaginar, o eco, o presente e o aniversário.

Altamente recomendado para:
Promover à fantasia, o afeto, a amizade. Ao longo da história vemos diversos personagens e situações, que permitem promover reflexões e pesquisas:
urso: que animal é? Quantas espécies? Aonde vivem, como se alimentam, quais são as espécies próximas?
É perigoso? Pode ser domesticado?
a lua, nosso satélite, como é? O que é um satélite e o sistema solar? Quando o homem foi à lua?
Conhecemos uma foto da lua? Onde existem pedaços de minerais lunares? Etc.
Eco. Que tipo de fenômeno, onde ocorre, pode recriar o eco existe aparelhos que o simulam?
Cofrinho, a poupança, a economia, as moedas, o dinheiro, o poder de comprar…
Outros temas: o vento, a canoa, o chapéu; “podemos organizar uma exposição de chapéus e pedir às crianças que levem para a escola os chapéus da família.
E promover um conto ou redação sobre chapéus?
Dar um presente, como símbolo de querer bem a outra pessoa (ou um amigo X).
Discutir sobre aniversário: o que as crianças entendem por aniversário, por que é uma data especial, o que gostam de fazer neste dia, o que gostam de ganhar e de dar de presente aos seus amigos.
Vamos planejar uma festa de aniversário para a Lua?
Estimular o pensamento crítico provocando questões como: ser possível ou não dar um presente à Lua, se alguém já foi à Lua, como foi como a criança sabe deste fato, se gostaria de morar na Lua ou não; o afeto diferente do consumismo.

Guia de Atividades
Trocando ideias:

1) Antes de ler o livro:
Explique o tema da história: um ursinho quer dar um presente de aniversário para a Lua. É possível?
Converse com as crianças sobre presentes. Qual foi o melhor presente que cada uma já recebeu?
É melhor dar ou receber presentes? Que presentes gostariam de receber, ou de dar, e para quem?
Pergunte se elas sabem o que é o eco. Jó ouviram o eco alguma vez? Onde? Como ele é produzido?
Podemos simular o eco na sala de aula?

2) Depois de ler o livro:
Recorde a história junto com as crianças e peça para cada uma dizer de que parte mais gostou.
Discuta com as crianças sobre o que realmente aconteceu. A Lua falou ou foi apenas o eco?
Ela colocou o chapéu ou foi apenas uma ilusão do ursinho causada pela trajetória da Lua?
Se a Lua pudesse falar o que diria ao ursinho?
Explique, de forma simples, o que é a trajetória da Lua, suas fases e seus movimentos em torno
da Terra e da Terra em torno do Sol.
Procure recortes de revistas que falam e mostram fotos da 1ª viajem do homem à lua. Quem foi? Quando? Como?
Por que Bino quer dar um presente? O que ele comprou foi legal? Para onde foi o chapéu? (O vento carregou). Perguntas que pedem uma opinião ou abrem uma discussão.
Para quem, além de seus parentes e amigos, você daria um presente de aniversário? O que você daria?
Como você conseguiria este presente? Você também daria um chapéu pra lua?

Usando a criatividade:
Confeccione fantasias usando papel (jornais, papelão, embalagens, celofane, etc.) do Sol (amarelo), da Lua (branco), da Terra (azul e marrom) e do ursinho (marrom). Ensine as crianças a se movimentarem como o Sol, a Lua e a Terra.
Peça à criança que estiver fantasiada de ursinho para conversar com o Sol, com a Lua e com a Terra, como se ela fosse o Bino. O que ela perguntaria?
Com as fantasias, monte uma peça baseada no livro.
Brinque com o eco. Peça a uma criança que “cante” uma palavra e às outras para repetirem o final da palavra como se elas fossem o eco. Aproveite esta brincadeira para determinar as sílabas tônicas e peça para as crianças repetirem e dizerem qual “o pedacinho mais forte”.
Confeccione um mural com os principais personagens e complementos da história.
Use materiais variados, como desenhos, textos, fotos, e… sucata.
Peça às crianças para desenharem o ursinho Bino.
Vamos fazer uma exposição de ursinhos? Vamos criar nomes para cada um?

Se expressando com o corpo:
Brinque de atirar o chapéu para a árvore. Uma criança é escolhida para ser a árvore e não pode se mover.
Outras crianças jogam o chapéu, tentando encaixá-lo na cabeça ou nos braços da criança-árvore.
Faça um caminho longo para os “ursinhos” seguirem até a Lua. Use objetos do cotidiano como obstáculos que as crianças não poderão esbarrar. Elas podem passar por entre duas cadeiras próximas, encolhendo a barriga; depois por baixo de uma corda estendida e por cima de outra; podem passar por baixo de uma mesa e pular sobre duas linhas espaçadas; seguir um trecho dando cambalhotas, imitar os movimentos do remador, etc.

Reconhecendo pela observação:
Leve as crianças para um lugar onde elas possam conhecer o eco (cavernas, montanhas, etc.).
Peça para as crianças observarem as fases da Lua e as trajetórias da Lua e do Sol.
Leve um vídeo sobre a vida dos ursos, para as crianças conhecerem um pouco melhor sobre esse animal.

Dr. De Soto, o Rato Dentista
Texto: Willian Steig.

Apresentação:
O livro trabalha as questões éticas de um casal de dentistas que repentinamente recebe um paciente que, apesar de ser atendido para cuidar da sua dor de dente, tem a segunda intenção de comer os ratinhos.
Aqui se colocam as questões de manter a postura ética de um profissional, mesmo quando existam riscos.
A questão é: podemos trabalhar bem quando somamos integridade, idealismo e força de vontade, apesar das condições adversas.

Altamente recomendado para:
Conversar sobre nossas experiências com idas ao dentista e sobre a importância da saúde bucal.
Discutir os temas que surgem com a história: a dor, o medo, a solidariedade, a desonestidade, a ética profissional.
Estimular o uso da criatividade para vencer obstáculos e achar soluções para os problemas do nosso dia-a-dia.
Motivar a recriação da história, fazendo com que as crianças a contem, por exemplo, sob o ponto de vista do Sr. Raposo, ou criando um outro final.
Incentivar a utilização de outros meios para se contar uma história, como o vídeo, os fantoches, o teatro, a expressão corporal, a expressão facial, e outros.
Atenção para a cena em que o casal está na cama discutindo como sair do impasse e o Dr. De Soto diz: “eu sou igualzinho ao meu pai, quando começo uma coisa, vou até o fim”. A partir desta frase surgem desdobramentos. Em que aspectos, na profissão, no jeito de ser, nas qualidades nos parecemos com nosso pai?

A valorização da cultura familiar, da experiência dos maiores.
Como enfrentar situações potencialmente violentas? E como criar uma convivência pacífica?
Frequentemente é um momento de abertura quando as crianças falam sobre as situações de risco que vivem em seu dia-a-dia: alcoolismo, violência intra-familiar, abuso sexual, maus-tratos. Importante para o educador se aprofundar sobre o que fazer desde sua posição para esclarecer, encaminhar e orientar soluções.

Guia de Atividades

Trocando ideias:

1) Antes de ler o livro:
Explique o tema geral da história: um rato dentista resolve atender uma raposa que tem a intenção de devorá-lo depois do tratamento.
Peça às crianças que comentem ou troquem experiências sobre a profissão de dentista: quem já foi; tipos de trabalho que o dentista faz; se o tratamento causa dor.
Comente sobre o medo tradicional que as pessoas sentem pela cadeira do dentista.
Pergunte às crianças se elas conhecem pessoas ingratas como a raposa. Discuta sobre a ingratidão.
Vamos convidar um dentista para uma palestra sobre “saúde bucal”?

2) Depois de ler o livro:
Recorde a história com as crianças e pergunte quais foram os fatos mais importantes na opinião delas.
Avalie com elas a atitude do Doutor. Quem teria feito o mesmo? Quem faria diferente?
Peça às crianças para imaginarem outro plano para evitar que a raposa coma o dentista.
Imagine, junto com o grupo, um novo final para a história.

Usando a criatividade:
Desenhar, colorir e recortar as máscaras dos personagens principais. Repetir esta atividade com relação aos rabos da raposa e do ratinho.
Dramatize a história com as crianças usando as máscaras produzidas, correspondentes aos personagens.
Com material de sucata, peça para as crianças montarem aparelhos de dentista. Depois escolha uma para ser o paciente, uma para ser o dentista, outra pode ser o/a ajudante e outras podem fazer o barulho dos aparelhos (guincho, broca, água).

Se expressando com o corpo:
Peça às crianças para imitarem o andar dos ratos e das raposas. Use outros bichos, mesmo que não tenham aparecido na história.
Brinque de pique. As raposas deverão pegar os ratinhos (e vice-versa), se movimentanto como tais.
Cada criança pode usar um rabinho preso na roupa com um clips.
Distribua um letreiro com o nome de um bicho para cada criança. Depois peça que se espalhem pela sala formando grupos ou famílias de bichos, como por exemplo, os animais do zôo, os da floresta e os domésticos.
Depois peça para se agruparem novamente, seguindo outro critério, como por tamanho, ferocidade, cor dos pelos, voadores e terrestres.

Reconhecendo pela observação:
Nada melhor do que uma visita a um dentista que possa desmistificar a dor de dente e valorizar a importância de uma boa saúde bucal.

O Baú das Histórias, um Conto Africano
Texto: Gail E. Haley.

Apresentação:
O livro trabalha a questão da identidade cultural que se perde. Valorizar a importância do “eu indivíduo” como um sujeito único e criativo. Valorizar as tradições da comunidade e do grupo social, nos aspectos de folclore, música, comidas, festas, tradições, como um bem “único e por isso mesmo original”.
Valorizar a criatividade como um valor inerente a cada pessoa e grupo social e sua capacidade de transformação.

Altamente recomendado para:
Trabalhar a memória como um valor que nos ajuda a analisar mais amplamente soluções para um projeto ou problema a partir das nossas experiências de vida e a história do ser humano;
Despertar o interesse da criança pelas histórias e lendas regionais e de outros países;
Enriquecer a imaginação através das incríveis situações e soluções dos problemas encontrados pelo personagem
Ananse e através da exploração das belas ilustrações do livro;
Estimular a análise da importância das histórias para a cultura de um povo, da inteligência para superar a força física e da força de vontade para vencer as dificuldades e limites;
Trabalhar criativamente as noções de cultura e identidade cultural, explorando as diversas manifestações culturais e artísticas do próprio país e de outros, como por exemplo, gestos, desenhos, encenações e músicas regionais;
Propor uma pesquisa da identidade cultural e familiar de cada aluno. História da família, profissões, raça e credo, onde e como vivem as histórias fantásticas e reais, os aspectos positivos (atitudes criativas, de solidariedade, de união, etc.) e negativos (violência intrafamiliar, alcoolismo, despreparo para o trabalho – desemprego, etc.), os momentos de grandes transformações e mudanças na família.

Guia de Atividades

Trocando ideias:
1) Antes de ler o livro:
Crianças, este é um conto africano! Olhando no globo terrestre, onde fica o continente africano? É um continente pequeno ou grande? Você sabe que há países no continente africano que falam a Língua Portuguesa?
Explique o tema geral da história: o feiticeiro Ananse tem que cumprir três tarefas dificílimas para ganhar as histórias do Deus do Céu;
Converse com as crianças sobre a importância das histórias para a cultura de um povo. Elas conhecem alguma história da cultura brasileira de origem africana?

2) Depois de ler o livro:
Vamos recordar a história e descobrir de que partes as crianças mais gostaram;
Peça-lhes para contarem algum caso em que conseguiram algo de valor, através da coragem, inteligência e perseverança;
Peça exemplos de como as pessoas superam as dificuldades valendo-se da força de vontade. E o brasileiro no seu dia-a-dia?
Identifique, com as crianças, fatores curiosos que diferenciam uma cultura da outra. Pode-se discutir como as pessoas costumam ouvir histórias em cada lugar, a literatura de cordel do nordeste, os best-seller americanos, a cultura oriental, o costume de repetir as palavras para sublinhar uma ideia, dos africanos… o que cada criança daria em troca das histórias do Deus do Céu? É justo o preço que Ananse pagou?
Que outras armadilhas usariam para pegar os animais que o Deus do Céu pediu?
Fale sobre a mensagem do livro que é sobre o resgate de uma cultura;
Usando a criatividade: Faça uma boneca, como aquela que Ananse esculpiu;
Peça as crianças que movimente-se pela sala como se fosse uma aranha por alguns minutos;
Brinque com as crianças de contar histórias. Peça a uma delas para começar a contar uma história, e às outras para continuarem;
Construa com as crianças uma aldeia africana. Elas podem se dividir em grupos de animais, de contadores de histórias, de jovens guerreiros e suas mulheres;
Você também pode montar uma peça usando a história do livro, onde as crianças são os atores, ou adaptar a idéia principal para outras situações e lugares.

Usando a criatividade:
Repita algumas vezes, e ensine às crianças a pronunciar palavras como Mmoatia (a fada), ressoando o m e outras palavras e nomes africanos que se encontram no livro, como: Yridi, Osebo, Nyame, Sora;
Faça uma reflexão sobre a influência das culturas africanas no Brasil: a escravatura, culinária, vestimentas, música, folclore, etc.
Explique onde fica a África e comente suas características gerais (natureza exótica, tribos guerreiras, alimentação).
Que ritmos e instrumentos musicais são mais usados na África?
Estimule cada aluno a falar de sua raça e suas origens;
Faça uma exposição no colégio, peça às crianças que tragam objetos, vestuários e instrumentos musicais, típicos, brasileiros e de outras origens (entre elas a africana), que tenham em casa;
Faça com as crianças um desfile de moda com penteados e trajes tipicamente africanos;
Leve as crianças para visitar museus que ensinem sobre a cultura brasileira, as etnias, africana, indígena e outras;
Com desenhos, recortes de revistas, jornais e livros, peça às crianças para montarem um mural com um mapa gigante do Brasil, representando os diferentes personagens da nossa cultura (nordestinos, gaúchos, etc.);
Confeccione com as crianças objetos de diferentes culturas, como a indígena brasileira, a africana, a americana ou as orientais, depois monte um bazar na sala para vendê-los. (você pode criar cédulas com as crianças ou comprar em loja de 1,99) Cada vendedor deverá explicar a origem e a utilidade do objeto que estiver vendendo e se vestir a caráter.

Se expressando com o corpo:
Estimule as crianças a expressar-se com o corpo com a mesma liberdade que observamos nas danças africanas, ou nas manifestações de origem africana que encontramos no Brasil, na conga, no samba e no frevo;
Construir com materiais simples uma orquestra de percussão estimulando as crianças a se expressarem com o ritmo das mãos e dos dedos;
A partir da cena em que o jaguar é amarrado e puxado na grande teia, estimule as atividades:
Que as crianças em grupo brinquem de elástico ou cama de gato;
Providencie uma escada de cordas para que as crianças subam;
Divida a turma em dois grupos para a brincadeira do cabo de guerra.

Reconhecendo pela observação:
Pesquise com suas crianças os diferentes aspectos influenciados pela cultura negro-africana no Brasil. As etnias e miscigenação, a linguagem, a religião, a música, a comida e a flora e fauna.

A CAIXA MALUCA
Texto: Flávia Muniz e Michele Iacocca


Apresentação:
O livro trabalha a dificuldade dos personagens em encontrar uma solução justa. A história reflete a situação de que, frente a um problema, como cada um reage. Vamos refletir sobre a importância de termos uma postura ética e serena.
Mostram que a vida em sociedade se altera completamente quando “lisonja interesseira”, “egoísmo”, “raiva” e “mentirinhas” criam grandes confusões, como ocorreu nesta história.

Altamente recomendado para:
Procurar na comunidade quais são os animais mais comuns de serem encontrados, os mais conhecidos por todos, os mais ou menos temidos pelas pessoas e por quê. Fazer uma pesquisa sobre onde os animais da história são encontrados no Brasil.
Enriquecer o vocabulário infantil brincando com rimas para palavras indicadas. Podem ser aproveitados todos os nomes de animais citados nesta história.
Pesquisar sobre o conceito histórico da justiça, quem faz justiça, quais são as profissões inerentes à justiça, quais são os diversos níveis de poder. Pesquisar o castigo que se aplica na sociedade moderna a quem é condenado pela justiça.

Guia de Atividades

Trocando ideias:

1) Antes de ler o livro:
Mostre a capa do livro aos alunos e pergunte: o que será que tem nessa caixa? Registre todos os palpites.

2) Depois de ler o livro:
Questionar os alunos: Quem viu primeiro a caixa? O macaco merecia ficar com a caixa? Quem deveria ficar com ela, em sua opinião?
Defina e em seguida bata um papo com a turma sobre as relações de poder e hierarquia (o chefe, o líder, o prefeito. o presidente, o rei).
Na floresta, essas relações costumam existir e, em geral, são respeitadas. Desobediência na floresta resulta em castigo pesado e certos estigmas que perduram para o resto da vida. A raposa costuma ser esperta e traiçoeira, o sapo é feio por invadir uma festa em que não foi convidado, a formiga é trabalhadeira e a cigarra preguiçosa por só pensar em cantar e por aí vai. O leão se mantém, ao longo das histórias, como rei e soberano, apesar de que sabemos que quem é forte mesmo é a leoa. (trabalhar os aspectos de “gênero”). Estes conceitos precisam se manter assim, para sempre?


Descubra o posicionamento crítico das crianças diante do texto:
Você dá chance aos seus amigos para se expressarem? Numa brincadeira abre espaço para que todos possam participar, ou só você tem a palavra final? Você exercita o diálogo ou sempre parte para a agressão? Você sabe falar e ouvir? O que você faz com as críticas que recebe ou os elogios interesseiros?

Como as crianças se relacionam com o disse-me-disse, o xingamento e a mentira:
Você já ouviu a frase “quem conta um conto aumenta um ponto?” O que você entende por isto?
Diversifique ainda mais a discussão, citando a cadeia alimentar. O que sabemos sobre “cadeia alimentar”?
Agora convide-os a falar sobre a ética que é preciso ter para se viver em comunidade. Comece explicando o que é ética.
Será que alguma flexibilidade, cooperação e parceria não permitem às pessoas e aos animais se modificarem e não cometerem mais erros, fofocas e mentiras?
Será que xingamentos e castigos violentos devem ser estimulados sem julgamento cuidadoso do grupo?

Usando a criatividade:

Proponha que criem um outro final para a história.
A mudança pode começar a partir da frase “Da caixa maluca não saiu banana, nem bolo, nem doce, nem bala...”, se quiserem substituir apenas o que tinha dentro da caixa.
Pode ainda começar de “Já …………………………………, tomou cuidado. E, no meio do bafafá, pegou a caixa muito sabido...”, se quiserem mudar também quem pegou a caixa.
Proponha um trabalho de pesquisa sobre animais, perguntando: E se a caixa caísse na Floresta Amazônica, na Mata Atlântica ou no Cerrado? Fazer um levantamento sobre quais animais habitam essas regiões. Alguns eles conhecem, outros devem ser pesquisados em livros ou em sites na Internet. A pesquisa pode se estender para uma coleta de dados sobre cada animal.
Proponha a brincadeira do telefone sem fio. Você já brincou disso? Num grupo de crianças enfileiradas alguém inicia dizendo uma frase que deverá ser passada para o amigo ao lado, bem baixinho, como um segredo. Ao chegar ao último ouvinte, este fala alto o que ouviu e entendeu e, na maioria das vezes, verificamos quanta coisa se altera da mensagem inicial, neste pequeno percurso.
Brinque com a classe de adivinhar os animais pela rima.
Viu nada, seu bobão! A caixa é do rei ....................( leão)
Deixem a caixa aí, ela é do ……………… ( jabuti, javali, siri)
Que ninguém se amedronte, a caixa é do ……… (rinoceronte)
A caixa tem um diamante, só pode ser do ………… (elefante)
Sugira uma brincadeira com seus alunos de “aumentarem pontos” propositadamente, para criarem novas e engraçadas histórias. Cada criança poderia ser um bicho diferente e criar sua própria atitude.
Para continuar brincando crie um júri simulado na floresta convide, por exemplo, um “Elefante-Advogado”. Você e seus alunos podem escolher, para a dramatização, quem vai ser cada personagem e quem será o Elefante-Advogado.
Para ampliar a brincadeira, escrevam versinhos pequenos, com boas rimas e idéias engraçadas.
Aproveite para usar fantoches confeccionados pelas próprias crianças, para recitar as poesias feitas.
Organize a classe em 4 grupos (com o mesmo total de participantes) e proponha que em casa cada grupo crie uma caixa misteriosa. Eles devem decidir o que terá na caixa (explicar que não pode ser nada que corra o risco de machucar os colegas), porém na quantidade de pessoas do grupo que será presenteado, e depois revesti-la de modo que fique bem atraente. No dia seguinte o professor fará o sorteio dos dois grupos que começaram a brincadeira, um grupo deve disputar a caixa que o outro fez. Cada pessoa representará um animal à sua escolha e apresentará um argumento que justifique sua pretensão à caixa. Por exemplo:
-Eu sou a tartaruga; sou a mais velha dos animais, por isso mereço ficar com a caixa.
-Eu sou a onça-pintada, sou a mais brava, por isso devo ser recompensada.
-Sou o macaco, estou ameaçada de extinção, então devo ficar com a caixa.
E assim por diante. O grupo presenteador é que decide qual é o argumento mais convincente. Porém aquele que ganhar deve repartir com todos os colegas do seu grupo. A brincadeira prossegue até que todos os grupos tenham entregado e recebido uma caixa.
Se expressando com o corpo:
Divida as crianças em grupo e peça que imitem o movimento e o som dos animais da história.

Reconhecendo pela observação:
Esta história mostra animais pouco conhecidos pelas crianças, como o elefante, a girafa, tucano, pica-pau, paca e outros tantos que povoam a literatura infantil.
Organize um mural, com retratos da nossa fauna.

Dá um Sorriso pra Titia
Texto: Diane Paterson.


Apresentação:
O livro trabalha a necessidade que todos temos de conquistar afeto e sorrisos. Podemos também ver a titia como uma pessoa que quer “comprar um sorriso”, e para isso oferece uma porção de coisas e “o cliente – a criança” – não é conquistado pelas ofertas. Esta é uma relação de conquista, e/ou de compra e venda, de consumismo, do afeto comprado ou conquistado? Até que ponto usou os meios adequados para atingir o objetivo de conquistar.

Altamente recomendado para:
Criar espaços de reflexão sobre as formas de relação que crianças estabelecem com crianças, adultos com crianças e adultos com adultos em nossa sociedade.
Criar com as crianças uma lista de coisas que gostam e que não gostam, incluindo aí brinquedos e brincadeiras, histórias, programas de televisão, jogos, alimentos, hábitos familiares, imposições dos pais ou responsáveis, comportamentos de adultos e de outras crianças.
Explorar os desejos, valores e histórias de vida de cada criança, como um sujeito único e integrado, suas relações com outras crianças que merecem ser igualmente respeitadas e reconhecidas.
Trabalhar o conceito de amizade.
Garantir os espaços de constituição da identidade individual das crianças e constituição da identidade de certo grupo de crianças.
Estimular o espírito crítico, o diálogo, as relações sinceras, amigas, fraternas e solidárias.
Questionar o comportamento caricato de certos adultos para com as crianças, onde não reconhecem seus desejos nem suas individualidades, tratando a todas como se fossem iguais e “bobocas”, apenas pelo fato de serem crianças.

Guia de Atividades
Trocando ideias:
1) Antes de ler o livro:
É um texto que mostra que cada criança tem suas preferências, que podem ser expressas sem uma única palavra, através das diversas manifestações do corpo como um todo. De forma bastante caricata, uma tia tenta conquistar o bebê, que apesar de tantos esforços não se deixa seduzir.
Enquanto se mantém indiferente, desinteressado pelas graças da tia, ele estabelece, sem perceber, um tipo de relação na qual exige respeito e coloca limites. Quantas vezes nós, como pais ou professores, desconhecendo os reais desejos e interesses das crianças, fizemos piruetas para que rissem para o fotógrafo, para que se alimentassem etc.? Diane Patterson traduz com delicadeza e humor os meios de comunicação, às vezes ineficazes, entre adultos e crianças.
É uma boa oportunidade para refletir sobre a importância de conhecermos bem os interesses da criança para que possamos estabelecer uma comunicação eficaz.
2) Depois de ler o livro:
Levante questões que despertem a curiosidade das crianças.
Quem são este bebê e sua titia? Você imagina quais sejam os seus nomes? Por que será que este bebê deve sorrir para sua tia? Tias são sempre pessoas alegres e que fazem as crianças rir? Você tem tias e tios?
Que relação de parentesco eles têm com seus pais? A quem mais as crianças podem chamar de “tia”?
Que outras pessoas são representadas por essa tia – a mãe, a professora, a avó e outros membros da família?
A criança do livro parece feliz ou aborrecida?
Procure perceber o nível de percepção e entendimento das crianças diante do que foi exposto.
Por que as “tias” são grandes perto dos seus sobrinhos? Sempre as tias são maiores que seus sobrinhos?
E quanto à idade: as tias são sempre mais velhas que seus sobrinhos?
As tias já foram bebês um dia?
As tias sempre são alegres e animadas ou, em alguns casos, aborrecem as crianças? Qual é a “tia” que as crianças acham legal? E as crianças, são sempre bem educadas, bem-humoradas e alegres?
As tias têm, em geral, autoridade sobre as crianças? Elas sempre têm razão e as crianças estão sempre erradas?
Isto é verdade?
As tias podem castigar as crianças? Em que situações?
Por que o bebê sorri no final?
_Será que a tia deveria ter usado outra estratégia para conquistar o sorriso?
Coloque em debate assuntos da relação da criança com os adultos:
Você já se sentiu muito aborrecido por ter que demonstrar um sentimento que não era verdadeiro naquele momento? Conte como e quando isto aconteceu;
Você sabe o quanto é importante respeitar e expressar seus sentimentos para ter amigos de verdade e para que os outros saibam como você é?
Você sabe que existem leis próprias que asseguram os direitos das crianças e deveres dos adultos e da sociedade para com as crianças?
Descubra o que as crianças têm a dizer sobre violência intra-familiar ou social:
O que você considera atos de violência contra as crianças?
Você sabe de crianças que são violentadas com ameaças, com castigos rígidos e dolorosos ou que apanham de adultos, mesmo que estes sejam seus pais? Alguém já lhe informou que estas atitudes são crimes contra as crianças e que existem instituições que cuidam dos Direitos da Criança?
Usando a criatividade:
Convide-os para desenhar a tia mais querida em três fases: assim que nasceu, quando tinha uns dez anos e como é agora. Peça que tragam um retrato dela para comparar com os desenhos.
Promova uma listagem de nomes para as tias divididas em duas colunas: nomes para tias queridas e nomes para tias chatas. Estimule a imaginação das crianças criando nomes fantásticos.
Tente fazer entre seus alunos um jogo de “interpretar caras e bocas”, onde cada um cria uma expressão facial
ou corporal e o outro tenta adivinhar a que sentimento está ligada: alegria, tristeza, espanto, raiva, medo, sono, fome.
Aproveite os fantoches e crie um teatrinho onde cada grupo de alunos vai inventar uma nova versão para a história, dando outro final, invertendo os papéis da titia e do bebê...;
Explore ainda mais a imaginação deles pedindo que criem histórias completamente novas, mas que enfoque assuntos debatidos, como a violência ou os Direitos da Criança.
Se expressando com o corpo:
Explore os diversos movimentos do corpo que ajudem a criar um ambiente de conquista;
Procure fazer com que as crianças imitem as diversas formas de expressão corporal da tia e do sobrinho: o pisar pesado da tia, a cambalhota, o respirar ofegante, o rosto de indiferença do sobrinho, o chute que o bebê dá na bola, e os diferentes movimentos corporais que poderíamos fazer estando sentados no chão.
Reconhecendo pela observação:
A partir das fotos e dos desenhos realizado em “usando a criatividade”, promova uma pequena exposição das famílias das crianças, solicitando que façam uma pequena dissertação sobre a mesma, sua profissão, origem, etc.;
A partir dos exercícios do “se expressando com o corpo” teatralize essas expressões para que as crianças se estimulem mutuamente a uma boa teatralização.

O Mais Fantástico Ovo do Mundo
Texto: Helme Heine.

Apresentação:
O livro é um grande estímulo ao pensamento e ação criativa. A procura e o encontro de soluções inesperadas. Trabalha o estímulo à competição e ao mesmo tempo premia o trabalho e nos fala de estética e de justiça. A figura do Rei nos permite pesquisar a monarquia. Temos família “Real” no Brasil? Tivemos Império, quando e como foi? Quais são os países que ainda têm Reis e Rainhas?
Os tempos modernos exigem mudanças de valores, comportamentos e conceitos. Dentre eles, um se impõe: a necessidade do ser humano de ser flexível, de ser criativo, para se adequar num mundo que se transforma permanentemente. Vivi, Cris e Maricota são três galinhas muito criativas que desejam ter o reconhecimento do Rei. Para isto botam ovos fantásticos, diferentes, e conseguem, as três, deixarem de ser rivais para serem parceiras. Com a criatividade delas e a flexibilidade do Rei, a cooperação, a parceria e a amizade superaram a competitividade.

Altamente recomendado para:
Trabalhar com formas geométricas a partir de objetos que façam parte do mundo das crianças.
Explorar cores primárias, secundárias e terciárias, sempre que possível a partir de elementos produzidos pela natureza que tenham cor e que possam se transformar em tinta, em molho com água ou através de cozimento no fogo. Misturar, descobrir e inventar é necessário e desta brincadeira surgem a química e a alquimia. Vamos ao dicionário?
Apresentar blocos lógicos onde as noções de cor, de espessura, de tamanho, de peso e de forma podem ser trabalhadas, fazendo ordenações e séries, das mais simples às mais complexas.
Fazer construções fantásticas e mirabolantes com sucata variada: caixas de ovos, embalagens plásticas, caixas de papelão de muitos tamanhos e cores, botões, chapinhas, cola, tecido etc.
Que tal criar uma coroa para cada princesa, onde o formato do ovo de cada uma apareça de algum jeito, na sua coroa?
  • Falar sobre fecundação, ovo e o ciclo da vida.
Guia de Atividades
Trocando ideias:
1) Antes de ler o livro:
Comece lendo, antes de qualquer coisa, a primeira e a última página do livro. Sobre o fundo amarelo há apenas as pegadas das galinhas e depois as pegadas misturadas com pés de gente, organizadas de outra forma. Pergunte às crianças: o que vemos? Podemos identificar que animal passou por ali olhando somente suas pegadas? Que animais deixam pegadas? E como são cada um destes animais? E suas pegadas? Podem-se explorar outros índices e sinais: nuvem negra é sinal de chuva, bandeira branca indica paz, amarelo é atenção... e o que mais?
Faça com seus alunos uma leitura imaginativa destas duas páginas que antecedem e finalizam a história e ajude-os a descobrir do que trata o texto.
Quais os sinais que procuram ser universais? O que significam? Os de trânsito? Os que indicam direções ou se o banheiro é das meninas ou dos meninos? E qual o sinal ou imagem que identifica cada ser humano – é o retrato ou a impressão digital?
2) Depois de ler o livro:
Comece questionando o que eles sabem sobre ovos e reprodução em geral: Que são ovos?
Todos os animais se reproduzem através de ovos? Quais podem ser as outras maneiras de reprodução animal? Você já pensou sobre como você nasceu? Como os seres humanos se reproduzem?
Ovos de chocolate, ovos de galinha, ovos de codorna, ovos de sabiá... que outros ovos você já viu, já segurou ou já comeu? Ovos de cobra ou jacaré? Um ovo perfeito quanto a forma, com casca branca ou colorida, com gema de cor bem firme, são detalhes que valorizam o animal que o colocou?
Verifique como seu grupo vê a competição entre as galinhas e inicie um debate sobre o valor das disputas: Por que competir para ver quem bota ovos mais fantásticos? Vivi, Maricota e Cris conseguem a premiação compartilhada porque o Rei descobriu, em cada uma delas, uma característica muito especial. O Rei agiu certo ou errado? Por quê? Vamos agora pensar sobre os padrões de beleza de ontem, de hoje e imaginar os de amanhã. O que é bonito para alguém, é bonito para todo mundo? Pense agora nas suas preferências pessoais. Elas são as mesmas dos seus amigos? São semelhantes às dos seus pais ou avós? Por quê?
Comente com eles a necessidade de tentarmos ser os melhores em cada coisa que fazemos:
Como a Vivi, a Maricota e a Cris, nós sabemos que ninguém é bom em tudo o que faz, todos temos limites e impossibilidades, mas podemos nos superar sempre. Diga rápido, sem pestanejar, cinco coisas que você não sabia fazer quando era menor e que hoje você já sabe.
Agora, aqui para nós, que coisas você tem consciência de que pode fazer melhor? Respeite seus ritmos, suas intuições, mas cuide para se manter curioso e com vontade de inventar e descobrir sempre. Sucesso à vista!
Usando a criatividade:
Procure pelas ruas próximas da sua comunidade onde há rastros e vestígios que indicam pegadas de certos animais: cães, gatos, cavalos etc. Se não houver animais por perto, faça com as crianças
carimbos de batatas” a partir do formato dos pés de: porco, cachorro, cavalo, galinha, cão, de gente e de todos os animais que você e seus amigos se lembrarem.
Se alguém conhecer a brincadeira de chicotinho-queimado pode-se criar uma brincadeira adaptada.
Quem conhece a história vai dizendo se está “quente, morno ou frio”, em função da história que está sendo criada a partir da observação cuidadosa das pegadas. Quem está quente, está perto de acertar de que animal é aquele rastro do desenho de alguém, morno está mais ou menos próximo, e frio... está voando por terras distantes. Epa, mas neste jogo vale voar porque todo processo criativo exige ousadia e tempo de voo!
Vamos fazer uma viagem pelo país das formas. Desenhe ovos bem originais, misturando retas e curvas, mas não deixe nunca a curva aberta, para não vazar clara nem gema pelo chão, tá legal?
Ovos grandes, ovos mínimos, coloridos, triangulares, retangulares, compridos como uma cobrinha.
Agora vamos inventar nomes de animais que poriam ovos daquele tipo. Vou dar a partida: ovos em formato de losango me fazem pensar em balões de São João, portanto eu diria que são ovos de Joaninha! – acabei de inventar esta! Você pode continuar a brincadeira.
Vamos voltar para os personagens da história e tentar contar novas aventuras que as três galinhas poderiam viver. Lembre-se de usar os fantoches num divertido teatrinho, criando tudo o que a sua imaginação lhe sugerir.
Se expressando com o corpo:
Estimule as crianças a se encolherem com o próprio corpo como um casulo, procurando ocupar o menor espaço possível. Uma variante dessa atividade é fazer com que a gente consiga entrar numa caixa pequena, dobrando pernas e braços. Ou fazendo com que num determinado espaço, um pequeno quadrado marcado no chão, caiba o maior número de crianças. Esta atividade, além de propiciar um melhor domínio do próprio corpo, estimula a participação coletiva.
Reconhecendo pela observação:
Façamos uma pesquisa sobre as espécies ovíparas, quais são economicamente úteis para o ser humano, quais necessitam de proteção, as que são dóceis ou perigosas. As que são carnívoras ou não.

Carlinhos Precisa de uma Capa
Texto: Tomie de Paola.


Apresentação:
O livro nos fala de dificuldades e iniciativas. A importância do trabalho criativo para proteger-se das intempéries, o ciclo de produção da matéria-prima até o produto acabado.
Dos artesanatos e ofícios. A relação entre as ovelhas e o pastor. Nos mostra também didaticamente como tecer.
Carlinhos, este fabuloso pastor de ovelhas, nos ensina a solucionar desafios e impasses com bastante criatividade. A necessidade e o desejo de ter uma nova capa para enfrentar o frio servem de pretexto para mostrar como as ovelhas são importantes para aquecerem os corpos das pessoas, cedendo seu pelo para a confecção de lindas capas coloridas e sob medida. Carlinhos sabe planejar sua ação e, movido pelo desejo de criar, executa-a com mestria, seguindo etapas encadeadas e lógicas.

Altamente recomendado para:
Trabalhar a capacidade de aceitação criativa de desafios que podem levar a grandes descobertas e invenções.
Valorizar a criatividade no que se refere à capacidade de resolução de problemas, à flexibilidade desejada e à combinação necessária de aprendizagens variadas para buscar soluções.
Promover um ambiente que favoreça a tentativa, a experimentação, que valorize a persistência, o ensaio e o erro, o levantamento de hipóteses, a discussão e levantamento de probabilidades que podem se confirmar ou não.
Reconhecer a necessidade de enfrentar com ousadia e criatividade os desafios, conhecer as dimensões, limites e possibilidades para, em seguida, planejar, acompanhar e avaliar as ações.
Discutir profissões, ofícios, habilidades que se mantêm como hobbies na vida das pessoas.
Um pastor de ovelhas costura sua própria capa. Um médico pode tocar violão e assim por diante.
Articular trabalho, geração de renda, capacidade dos adultos de se auto gerenciarem e a suas famílias, buscando associar, sempre, trabalho e prazer, vida e trabalho.
Discutir a exploração do trabalho infantil no campo e nas cidades, como também o trabalho e os direitos do idoso.
Propor uma exposição de produtos a partir da tecelagem e do trançado. Tapeçarias, tapetes, tecidos, bateia, peneira, etc. Estabelecer relações com os diversos ofícios, artista, tapeceiro, tecelão, garimpeiro, cozinheiro, etc.
Discutir os climas e suas diversas manifestações. Como proteger-se do frio e do calor. As diversas temperaturas do clima. A neve e o gelo como um dos estados da água (consultar a coleção “Água, Meio ambiente e vida”).
  • Na música, se interpretaram as estações? Ver as “Quatro Estações” de Vivaldi.
Guia de Atividades
Trocando ideias:
1) Antes de ler o livro ou exibir o vídeo:
É muito importante conversar com as crianças sobre suas possibilidades de enfrentar desafios que, num primeiro momento, poderiam parecer insolúveis. Como um aquecimento, antes dessa história, vale criar desafios que estimulem o senso de organização e lógica, brincando de citar a ordem das etapas de algumas atividades, como a criação de um desenho, de uma casa, de um pomar.
Esclareça aos seus alunos que existem vários tipos de profissão. Fale que, ao longo dos anos, muitas profissões e utensílios foram sendo esquecidos devido ao avanço das tecnologias de produção; que existem artesãos, que fazem trabalhos manuais e minuciosos; e que existem as fábricas e indústrias, produzindo em série através de máquinas e robôs.
Aproveite a capa e o título do livro para descobrir o que as crianças esperam dessa história.
Olhando a ilustração da capa, será possível descobrir por que Carlinhos precisa de uma capa?
2) Depois de ler o livro:
Veja o que as crianças já sabem sobre pastores e ovelhas: Você sabe o que faz um pastor de ovelhas? Existem outros tipos de pastores? Você sabe como são as ovelhas e o nome que se dá a um bando delas? De que será que se alimentam? E para que servem? O que é tosquiar?
Como vivem em cada estação do ano? Qual deve ser a época ideal de se tosquiar as ovelhas?
E o que se pode fazer com sua lã? Que outros animais produzem lã?
Coloque em questão o contraste entre o artesão e a fábrica: Alguns artesãos foram substituídos pelas as fábricas. O lenhador, pelas serras elétricas e pelos tratores de desmatamento.
Como as crianças veem essa substituição de papéis na comunidade. Por que os produtos artesanais são, em geral, mais caros que os industriais? Que possíveis invenções do homem poderiam substituir, por exemplo, o carro, a comida, o médico, o professor?
Crie um debate sobre a vida do homem, dos animais e das plantas em função das estações do ano:
O clima de cada região muda em função das estações do ano? Em certos lugares do Brasil só se percebem diferenças climáticas entre o inverno e o verão. Por quê? O que caracteriza cada estação? E como nos vestimos o que gostamos de fazer, de comer? E os animais?
Vocês se lembram da fábula da Cigarra e da Formiga? Ela nos ensina a planejar e a sobreviver nas diferentes estações do ano, mas... nem sempre conseguem equilibrar o trabalho árduo com a preguiça. Vamos discutir este assunto?
Usando a criatividade:
Vamos arranjar lençóis velhos ou tecidos que possam ser cortados e tingidos. Vamos iniciar usando uma camiseta, que servirá como molde quando colocada sobre o tecido dobrado. Este deverá ser cortado com folga para ser costurado. Use agulhas de furo grosso e linhas grossas.
Ponto por ponto, um atrás do outro, vamos descobrindo e inventando um jeito de fazer cada um a sua capa. Depois de prontas, é a hora de você e quem mais estiver na brincadeira escolherem a cor que desejam para suas capas. O desafio consiste não apenas em cortar e costurar, mas também em produzir as tintas que vão tingir sua capa com produtos naturais.
Não se assuste! A natureza é generosa e nos fornece elementos como folhas, frutos e vegetais que nos ajudam a colorir quase tudo. Muitas vezes é necessário fazer uma química que mistura mais de um elemento. É sair em campo, pesquisar e experimentar. Bem, se você quiser colorir sua capa com o azul do céu ou do fundo do mar, é só deixar a imaginação fluir e iniciar a alquimia.
Vale utilizar caldeirão, temperos de bruxa e até um cabo de vassoura para mexer. Não se esqueça dos fantoches. Eles certamente vão querer entrar na brincadeira.
Se expressando com o corpo:
Estimular a construção de teares horizontais ou verticais na sala de aula. Pesquisar a tapeçaria, a tecelagem e o trançado (ver livro Trançado Brasileiro). Pode ser muito interessante e criar pequenos tapetes (com a técnica do tear de cintura da cultura).
Realizar uma atividade fora da escola, se possível no campo para a colheita de fibras naturais para serem trançadas: bambu, a palha o sisal, a folha de coqueiro.
Reconhecendo pela observação:
Sugere-se fazer uma visita a um tecelão ou malharia para que as crianças possam conhecer de perto todo o processo de fiação, tecelagem e tingimento.

Haroldo Vira Gigante
Texto: Crockett Johnson.


Apresentação:
O livro nos fala da capacidade que cada ser humano tem de construir o seu mundo.
A iniciativa, a vontade de fazer e o conseguir fazer. O estímulo a imaginação e a viagem que nos permite voar de um extremo ao outro nas mais variadas situações em que ora somos pequenos ou grandes, ora viajamos de um lugar para outro, seja na terra, no mar ou no ar.
Qual será o papel do adulto na constituição da identidade das crianças? Que tipo de relação ajuda a criança na expressão de sua singularidade como sujeito, diferente de todos os demais? É através do contato com outras crianças e com as diferenças que elas desenvolvem suas personalidades como sujeitos únicos e integrados, que se utilizam de diferentes formas de expressão e de linguagem para dizerem quem são, o que sentem e como organizam o mundo interno e externo.
É assim que Haroldo, este menino genial, se torna gigante, maior que árvores, castelos, montanhas e paisagens sem fim. Com seus desenhos vai criando, transformando o mundo e constituindo-se como um ser também único, que se expressa graficamente de forma livre e sem limites.
Explora diferentes espaços, brinca com o tempo, com as grandezas e as medidas.

Altamente recomendado para:
Analisar a estrutura criativa do livro.
Incentivar a fantasia e a imaginação.
Estimular a expressão gráfica variada.
Pensar sobre a construção das noções espaço-temporais a partir da formulação de sequências lógicas: início, meio e fim.
  • Explorar os ciclos da natureza, os dias e as noites, as fases da lua.
Guia de Atividades
Trocando ideias:
1) Antes de ler o livro:
Vale a pena conversar sobre a capacidade de imaginar tudo o que se deseja e de representar o que se imagina, graficamente, de variadas formas: com papel e lápis, com canetinhas, pincel etc. Tintas podem ser usadas sobre telas, papéis próprios e tecidos. Pedacinhos de madeira, no chão de terra, na areia da praia... E ainda com o dedinho, numa vidraça embaçada ou num móvel empoeirado.
Exponha as múltiplas manifestações que uma obra de arte pode ter: pintura, desenho, escultura, colagem ou mosaicos.
Que outros materiais poderiam usar para cada uma destas manifestações se concretizarem?
Barro, cera, gesso, vidro, cerâmica, madeira etc.
Lance mão do título do texto e investigue que surpresas os alunos esperam encontrar.
Haroldo é um mago que se transforma em tudo? É um artista?
2) Depois de ler o livro:
Procure explorar tudo o que as crianças já sabem ou conhecem: Que pintores famosos você conhece? Por que você acha que se tornaram famosos? Lembrar dos artistas plásticos brasileiros famosos: Vitalino, Aleijadinho, Di Cavalcanti, Dacosta, Portinari. Que diferenças existem entre os Girassóis pintados por Monet e os Girassóis pintados por Van Gogh? Experimente fazer o seu quadro de girassóis.
Explore proporcionalidade através de desenhos infantis ou de pinturas famosas. Por exemplo: o tamanho das mãos das mulheres negras de Di Cavalcanti, os pescoços compridos das mulheres de Modigliani, as pessoas gordas dos quadros de Fernando Botero. Mais desproporções e registros mágicos podem ser encontrados nas obras de Salvador Dali e Picasso. Museus e bibliotecas são os espaços ideais para tais pesquisas.
Pegue carona nas desproporções e desenvolva noções de tamanhos relativos: maior que, menor que e mesmo tamanho.
Explorar semelhanças e diferenças entre anões e gigantes. Quem conhece algum anão?
E gigantes, se existem, onde moram e quem já os viu?
Lembrar de histórias onde façam parte anões e gigantes.
Quais as vantagens e as desvantagens de ser gigante ou anão?
Pôr em debate a relação do homem de qualquer idade com a arte e o espaço social;
Quais são as produções artísticas dos moradores da sua comunidade?
Espaço urbano é um local adequado para as artes em geral, ou estas devem ser reservadas a museus, salas e teatros? A arquitetura pode ser uma obra de arte? Como você vê o aspecto geral da sua cidade? Causa-lhe bem-estar os prédios, as praças?
Os pichadores que se utilizam de espaços públicos, riscando as paredes e muros da cidade, podem ser considerados artistas? Por que a vida comunitária exige a discussão, elaboração e obediência a certas regras para se tornar possível viver e conviver bem?
Usando a criatividade:
Se você quiser, pode começar desafiando a imaginação e a inventividade das crianças a partir do personagem principal desta história criado sob a forma de fantoche. Ele entra e sai da história, participa de outras aventuras fantásticas que você quiser criar, pode se juntar a outros personagens de antigas ou novas histórias e compor uma outra história.
Traga para seu grupo diferentes técnicas de pintura ou representação gráfica e faça uma aula recreativa, onde todos possam pesquisar cada técnica nova, misturá-las ou inová-las, usando os mais diversos e alternativos materiais (cola, sementes, folhas secas, lã), a fim de criar uma galeria de obras de arte onde poderão ser expostas, futuramente.
Estimule-os a criarem painéis onde se conte uma história definida apenas por desenhos.
Esses painéis podem ser feitos em grupo, onde se desenvolverá ainda a integração da imaginação
e da expressão individual de cada criança com outras.
Reconhecendo pela observação:
Na história de Haroldo percebemos um menino que constrói o seu mundo. Sugere-se aqui uma série de atividades de observação/contemplação com o objetivo de memorizar num tempo determinado o maior número possível de aspectos referentes ao objeto observado. Estimular uma observação espacial para que a criança perceba quantas novas imagens surgem se ela observa movimentando-se em torno do objeto observado.

Faz muito tempo que copiei essas dicas e fiz algumas adaptações, só não me lembro de onde tirei.